segunda-feira, dezembro 27, 2004

MST para Gregos e Troianos.

Acredito que essas pessoas existam e que seus ideias sejam sinceros. No entanto, não podemos ignorar que o MST ( talvez, infelismente) tenha se tornado uma máquina da bandelheira, do "espertismo" brasileiro. Não podemos ignorar que pessoas se utilizam desse idealismo para fins que vão de encontro ao crescimento do país, é preciso muita cautela na hora de se examinar o MST. Destruir propriedades, montar barracos "só para fazer número" também são alguns dos feitos assinados sob o nome de MST, famílias que já foram comtempladas... não podemos fechar os olhos para o que a própria mídia já viu e alertou. Não sou contra ajudar pessoas necessitadas, muito pelo contrário. O grande problema é que se não pararmos com os abusos ( que vêm de todos os lados, cidadãos, governo, organizações) continuaremos em círculos, trabalhando em vão.

Resgate da dignidade brasileira
Por Emir Sader, 19 de dezembro, 2004 Fonte: Jornal do Brasil

Foto: Douglas MansurEla era uma menina bóia-fria, que trabalhava com o pai na lavoura, em trabalhos pesados para qualquer ser humano, ainda mais para ela, com seus 10 anos. Um dia se cansou, resolveu procurar outros destinos. Entrou para um convento, acreditando que poderia fugir daqueles tormentos cotidianos.
Uma manhã um padre convidou-a a acompanhá-lo, porque ele ia rezar uma missa em um lugar muito especial. Ela se vestiu, se arrumou e seguiu o padre. Era um acampamento dos trabalhadores sem-terra. A menina se encantou com aquela gente, com aquela vida, com suas escolas, seu trabalho, sua luta. Nem acompanhou o padre de volta ao convento. Ficou ali mesmo.
Ficou e tornou-se uma sem-terra. Ou melhor, uma participante da luta dos trabalhadores sem-terra pela terra para todos, pela escola, pelo resgate da sua identidade, da sua cultura, da sua dignidade. Ela ficou, passou a estudar, a trabalhar e participar da luta deles.
Depois de seguir os estudos básicos, ela prestou vestibular e passou a fazer o curso de direito. Casou-se com um trabalhador sem terra, os dois têm uma linda filhinha. Um dia eu a encontrei em um aeroporto internacional do Brasil, retornando da Europa, onde tinha ido, muito orgulhosa, representar o MST.
É um dos tantos casos de resgate da dignidade de brasileiros feita pela luta dos trabalhadores sem-terra. E, no entanto, eles costumam ser tratados pela mídia como se fossem portadores de violência e não vítimas, portadores do caos e não da esperança, de arbitrariedade e não de escolaridade. São criminalizados, quando deveriam ser reconhecidos, exaltados e receber a gratidão da sociedade e do Estado brasileiros, por terem resgatado da miséria, do abandono, da ignorância a centena de milhares de pessoas.
Pessoas que morreriam anonimamente, no abandono, sem terra, sem dignidade, sem esperança, encontram no movimento o espaço para se transformarem em cidadãos — uma condição que lhes foi negada durante séculos pelo Estado e pelas elites dominantes. São pessoas como aquela menina, como milhões que ainda sobrevivem na penúria, submetidos à violência e à arbitrariedade do poder dos grandes proprietários de terras e, mais recentemente, das grandes empresas exportadoras.
Muitos são pessoas que fugiriam desse inferno para vir sobreviver pessimamente na periferia das grandes metrópoles brasileiras, abandonadas, marginalizadas, discriminadas. Mas que encontram nos acampamentos um lugar para trabalhar, para estudar, para viver dignamente.
Pode-se dizer que esse movimento contribui para a humanização dos brasileiros pobres do campo como nenhuma outra instituição, estatal ou não, já fez. Deve ter o reconhecimento de ter trazido o surdo conflito social para a superfície, de forma organizada, consciente. De ter trazido para a cidadania a milhões de brasileiros, de crianças, de mulheres, de idosos, que começaram a poder ler, a poder entender as raízes das injustiças que sofreram dezenas de milhões de brasileiros desde que fomos invadidos pelos colonizadores, há mais de cinco séculos.
Assentamento do MST em Jundiaí (ES)O MST alfabetizou mais gente no campo do que todos os programas oficiais de alfabetização. Seu sistema educacional inclui 1900 escolas (isso mesmo: 1900 escolas), em que estudam 160 mil crianças e adolescentes e trabalham quatro mil professores. Dois mil alfabetizadores trabalham com jovens e adultos. Há 10 cursos de formação de professores, entre tantos outros.
Um milhão de pessoas vivem, trabalham e estudam nos acampamentos rurais. Produzem sem agrotóxicos, preservam as sementes naturais, organizam cooperativas, comercializam seus produtos, apóiam os que ainda lutam pela terra.
Esse trabalho de resgate tem que ser reconhecido e apoiado, ao invés de desqualificado, tem que ser divulgado ao invés de difamado, tem que ser estendido ao invés de reprimido. Visitar os acampamentos dos sem-terra é uma das experiências mais extraordinárias que podemos ter hoje no Brasil, recomendado mesmo — e até especialmente — para os que têm preconceitos contra o MST.
O MST completou 20 anos. Sua história tem que ser conhecida de todos, tem que encontrar na mídia os espaços que permitam que os brasileiros conheçam como os trabalhadores do campo, suas famílias, seus filhos, vivem, se educam, trabalham e afirmam sua identidade. Para que muitas e muitos — como aquela menina bóia fria — possam escolher o seu destino, viver com dignidade e encontrar o caminho da sua emancipação.

domingo, dezembro 26, 2004

Se abaixamos a cabeça...

Galerinha, recebi este endereço de um grande amigo meu. Na época eram as eleições do Império. Esse site me pareceu interessante pelo fato de alguns cidadões americanos ( apesar de estarem insatisfeitos com o resultado final das eleições) se reportam ao mundo como se reportam... confiram: http://bem.notlong.com

sábado, dezembro 25, 2004

Impostos

Talvez fosse interessante imitar (só mais uma vez) nosso vizinho imperador, que coloca o preço e, o famoso e pouco querido, "plus taxes" .
De uma forma ou de outra aos poucos, nós brasileiros estamos aprendendo, já podemos nos considerar mais exigentes como consumidores ( embora poucos sejam os que pedem nota fiscal, já somos mais exigentes na hora de comprar e de fazer valer nosso (i)real ) falta agora começarmos a sermos mais exigentes como cidadãos com o simples ato de fazer valer nossos direitos (que nem sempre conhecemos).
É um processo de conscientização. Acredito estarmos nos conscientizando, muuuito lentamente, mas estamos indo.
Segue uma reportagem da Folha que começa contando o que todo economista sempre soube...
ESTÁ EM ANDAMENTO UMA REBELIÃO
(Gilberto Dimenstein, Folha SP)

Começou a percorrer o país, na semana passada, uma notável lição de cidadania. É uma exposição, em praça pública, de uma série de produtos, na qual uma só idéia está à venda: a de que o consumidor não sabe quanto deixa para o governo ao comprar qualquer coisa - de um automóvel a um chiclete.
Ao analisar as placas com porcentagens grudadas em cada produto, o vitante da exposição saberá, por exemplo, que, ao adquirir um carro de mil cilindradas, terá deixado 44% para o poder público. Cada vez que enche o tanque com gasolina, são mais 53% em impostos.
Os organizadores dessa experiência, exibida no centro de São Paulo, apostam no seguinte: quando o consumidor, de fato, souber quanto o governo lhe tira diariamente, haverá mais pressão para que melhore o desempenho da administração pública.
A semana passada deu sinais de que há algo novo nascendo no país: uma conformidade crescente, que envolve líderes empresariais, dirigentes de trabalhadores e classe média, todos contra a carga de impostos.
Sindicalistas foram a Brasília para pedir ao governo que baixasse impostos e, assim, ajudasse os empresários a criar mais empregos - assim seria possível, segundo eles, viabilizar o pedido de redução da jornada de trabalho sem diminuição dos rendimentos dos empregados.
Embute-se aí a percepção dos trabalhadores de que mais impostos significam menos empregos, o que vai muito além de reivindicações corporativas.
Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciou um pacote que, supostamente, diminuirá em R$ 2,5 bilhões a carga tributária. Talvez sirva para aliviar o crescente desconforto da opinião pública em relação à voracidade fiscal da gestão Lula.
Prepare-se: é apenas o começo!
A experiência do Feirão dos Impostos é apenas um ínfimo detalhe pedagógico no panorama de uma rebelião que, silenciosamente, sem manifesto nem porta-voz, vem sendo feita pelas centenas de milhares de pessoas que optam pela informalidade, ou seja, pela clandestinidade.
Uma coisa é os jornais informarem que, em 1988, a carga tributária representava 22% do PIB e agora representa 40% - o que é algo incompreensível para o cidadão comum. Outra é saber que isso custa, por ano, cerca de R$ 212 bilhões. E mais: saber que cada brasileiro trabalha quatro meses e 18 dias só para manter os governos. Mais ainda: saber que a carga de impostos dificulta a geração de empregos e, conseqüentemente, inibe os aumentos salariais.
Não está faltando muito para o indivíduo, ao comprar uma barra de chocolate, saber quanto está deixando para o poder público. E, ao sair do supermercado, irritar-se ainda mais ao ver o buraco da rua ou a criança abandonada pedindo dinheiro no semáforo.
Se cada cidadão soubesse que, por ano, dá quatro meses e 18 dias em impostos e ainda recebe tão pouco de volta - e não se esquecesse dessa conta, seria natural que a pressão pela eficiência pública fosse ainda maior. E a capacidade dos governantes de tentar tirar mais dinheiro, menor.
Para desespero dos poderosos, o que está em jogo é simples. É justamente o que se vê na experiência da exposição, em praça pública, de produtos, digamos, pedagógicos. À medida que a democracia se aprofunda, o cidadão vai conhecendo mais seus direitos.
PS - Uma medida simples e barata ampliaria enormemente o efeito pedagógico daquela exposição. Cada produto vendido deveria levar o valor dos impostos na embalagem e na nota fiscal. Seria uma implacável lição diária, a começar das crianças que comprassem um sorvete. Se dependesse de mim, eu daria a essa informação a mesma visibilidade das chamadas para os produtos perigosos para a saúde como as advertências sobre os perigos do tabagismo nos maços do cigarro.
Desculpe-me pela obviedade, mas o cidadão tem o direito de saber, em detalhes, quanto de seu dinheiro (e de que maneira) é usado. É a forma de os governantes não fazerem à saúde do contribuinte o mal que o fumo faz aos pulmões dos indivíduos.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

O Rio de Janeiro (é e) continua (uma merda) lindo

Este país consegue ser uma merda no detalhe. Não, não é só no agregado, não. Tudo aqui é atraso e subdesenvolvimento, cada vírgula é mal-colocada de forma a atrapalhar ainda mais a sintaxe confusa desta frase que é o Brasil.

O Rio de Janeiro é uma enorme lata de lixo, um poço de ineficiência disfarçado de arbusto, para que não o enxerguemos como é: uma cidade suja, perigosa, mal-cuidada, uma infra-estrutura de fazer corar qualquer pessoa que tenha critério. Disse uma vez em meu outro blog e repito aqui, com muito mais raiva: eu não recomendaria esta cidade a NENHUM colega estrangeiro meu, sequer a um de outro estado que não a conheça. Ninguém merece gastar uma fortuna para ser recebido por aquele fedor horrível nos entornos do Galeão, ser enrolado por taxistas, aturar pivetes-malabaristas-ladrões a cada sinal de trânsito, correr risco ALTO de ser assaltado à mão armada à noite, ou furtado, a absolutamente qualquer hora do dia. Ninguém merece ir para longe de casa para ficar preso no trânsito em São Conrado enquanto um corriqueiro tiroteio corre solto na Rocinha.

E como se espera que esse país vá para frente com seus agentes econômicos sendo acuados dessa forma? Aqui nessa cidadezinha fedida de merda, perde-se diariamente duas, três horas por dia, no mínimo, no trânsito: basta não morar (e trabalhar) perto do metrô (que, por sua vez, é uma rede ridiculamente pequena), que pronto, lá se vai o seu dia inteiro na porra do ônibus ou na merda do carro, e para que uma pessoa iria querer ter vida além de ir para a faculdade, para o trabalho, comer (se sobrar tempo) e dormir (pouco)? Por que, por exemplo, alguém poderia querer estudar em casa, ao invés de ir à faculdade sem fazer a menor idéia do que se passa porque não se tem tempo de fixar o aprendizado quando se sai dela, ou, talvez, porque não se adaptar e passar a estudar, namorar, comer, dormir na porra do maldito ônibus? É isso, as autoridades brasileiras (especificamente cariocas) querem estimular a nossa resourcefullness, tornando-nos mais competitivos perante o mercado de trabalho mundial.

Cheguei em casa (depois de 4 horas no trânsito) babando de ódio e ouvi um "Calma, você já está toda empipocada (eu fico cheia de placas vermelhas pelo corpo quando estou nervosa, é uma espécie de reação alérgica bizarra a estresse que tenho) vai acabar quebrando a casa inteira se continuar com raiva desse jeito..." Que quebrar a casa o quê, eu queria era quebrar a cara dos últimos 10 filhos da puta que governaram esta maldita cidade.

Puxa, como o Brizolla tem sorte em já ter morrido.

domingo, novembro 14, 2004

Trânsito

Por: Leandro Paterniani- InfoMoney
SÃO PAULO - Se você mora em uma grande metrópole, então com certeza deve entender o porquê a palavra trânsito é, em geral, associada a outras idéias, como "caos", "transtorno", "stress" etc. Afinal de contas, não é nada agradável você enfrentar congestionamentos intermináveis, que acabam consumindo boa parte do seu tempo e atrasando todo o seu dia. Sendo este um tipo de situação corriqueira nas grandes metrópoles do País, o que o seu Prefeito pode fazer para resolver, ou ao menos minimizar, este problema? Antes de entrarmos nesta discussão mais a fundo, contudo, devemos entender quais as principais causas do trânsito caótico das grandes cidades brasileiras. Afinal de contas, é entendendo as causas que podemos avaliar o quanto são viáveis as soluções apresentadas. Falta de planejamento: um problema históricoSem dúvida alguma, o principal fator responsável pelo trânsito caótico das grandes metrópoles brasileiras é a falta de planejamento, que se perpetuou ao longo do tempo. E quando falamos em falta de planejamento, estamos nos referindo, basicamente, a alterações no espaço urbano que atenderam apenas às necessidades de curto prazo em determinada época. Sendo mais claro: o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos e a implementação de medidas visando apenas uma solução imediata são os grandes vilões de toda esta história, uma vez que impediram um melhor dimensionamento de seus efeitos de longo prazo. Ou seja, o problema de hoje reflete o acúmulo de medidas, não equivocadas, mas sim mal coordenadas ao longo do tempo. Peguemos o que certamente é o maior exemplo de trânsito caótico em todo o País: a cidade de São Paulo. Até a década de 1.950, o trânsito da cidade era compatível com a sua infra-estrutura, não havendo, como mostram os relatos históricos, problemas como congestionamentos, lentidão etc., até mesmo pelo fato de que o número de automóveis ainda era bastante reduzido. Contudo, o quadro começou a mudar a partir de meados desta mesma década, quando a cidade comemorou seus 400 anos sob o lema de ser "a cidade que mais cresce no mundo". O crescimento do parque industrial paulistano e o início do que viria a ser o "inchaço" de São Paulo foi seguido por um crescimento expressivo do número de automóveis particulares, em detrimento do transporte público. Transporte particular versus transporte públicoComo resposta ao crescimento do número de automóveis, iniciou-se em São Paulo o chamado "Plano das Grandes Avenidas", que consistia, basicamente, na construção de grandes obras viárias para a época, de forma a "desafogar" o trânsito, que já começava a dar os primeiros sinais do que iria se transformar não muito tempo depois. Foi nessa época que foi construída, por exemplo, a Avenida 23 de Maio, que nos dias atuais, em conjunto com a Avenida Rubem Berta e Washington Luís, constitui o chamado "corredor norte-sul". Mas, afinal de contas, o que isto tem a ver com o trânsito atual? Bom, lembra-se de quando falamos em soluções de curto prazo cujos efeitos de longo prazo não foram devidamente avaliados? Pois bem, este é um exemplo disto. E assim como em São Paulo, outros grandes centros urbanos se desenvolveram priorizando o transporte particular ao invés do transporte coletivo. Ao se construir grandes obras viárias, a Prefeitura está dando, na verdade, um incentivo ao transporte particular, já que com as avenidas tem-se a impressão de que o fluxo de veículos tende a se tornar mais rápido. Assim, um número maior de pessoas vai para o trabalho, para a escola etc. com seu próprio carro e, com o passar do tempo, o que se assiste é um fenômeno no qual o número de veículos cresce em velocidade superior ao que comportam os trajetos viários existentes. Ou seja: quando o número de automóveis na cidade era de 500 mil, a grande avenida era uma maravilha, mas quando este número saltou para 5 milhões, o trânsito voltou a ser caótico. Desenvolvimento do transporte públicoLonge de se concluir que a implementação de obras viárias não é importante: pelo contrário, esta é uma medida bastante necessária, desde que ela não exclua os investimentos no transporte público. Pense bem: quantas vezes, enquanto estava parado em seu carro no trânsito, você olhou para os lados e viu outros tantos carros, com uma ou duas pessoas, no máximo, em cada um deles? Imagine, agora, que, de forma conjunta ao desenvolvimento de trajetos viários, os governos anteriores tivessem investido também no transporte público: certamente muitas destas pessoas prefeririam deixar seus carros em casa e ir para o trabalho, escola etc. de metrô, ônibus, tornando o trânsito destes grandes centros urbanos bem menos caótico. Percebe-se, assim, que o planejamento de tráfego é extremamente importante nos grandes centros urbanos, já que ele pode evitar uma série de transtornos futuros relacionados ao trânsito. Bom, mas já que, como diz o velho ditado popular, "não adianta chorar pelo leite derramado", o que pode ser feito para melhorar o problema do trânsito nas grandes cidades? Estruturação viária: uma primeira saídaA primeira coisa a se fazer, certamente, é repensar a estrutura viária da cidade. Este é um trabalho bastante técnico, que requer a presença de profissionais especializados - como os engenheiros de tráfego - para identificação dos principais pontos críticos, mapeamento das principais rotas e fluxos da cidade e levantamento de soluções alternativas. Estas soluções vão desde a mudança no sentido de determinadas ruas e desvios de rotas, até soluções mais complexas, como a construção de novas obras viárias, como avenidas, túneis, viadutos etc. E obviamente a implementação destas soluções requer um planejamento muito cuidadoso, já que envolve custos e impactos no dia-a-dia da população. Olhando melhor para o transporte públicoMas como mostrado anteriormente, este tipo de solução não deve ser visto de uma maneira isolada. A Prefeitura deve, de forma paralela, pensar em soluções que atendam às necessidades de longo prazo da população. E, neste sentido, o desenvolvimento do transporte público é uma saída bastante eficaz para tornar mais dinâmico o trânsito das grandes cidades. É claro que esta saída tende a ser mais cara que aquelas de curto prazo, uma vez que, para a expansão de uma malha metroviária, por exemplo, é necessário desapropriar terrenos e construções, o que é bastante custoso. A própria ampliação de frotas de ônibus também tende a ser bastante onerosa para os cofres públicos. Ainda assim, são medidas que devem ser implementadas para garantir uma gradativa melhora do trânsito das grandes metrópoles e, assim, contribuir para uma melhor qualidade de vida de sua população.

domingo, novembro 07, 2004

Economista

É galerinha... o blog entrou de férias compulsórias por quase dois meses... bom, eis ai uma piadinha "véia" para animar.
bjs a todos

Um mineirinho com sérios problemas financeiros vendeu uma mula para outro fazendeiro, também mineiro , por R$100,00, que concordou em receber a mula no dia seguinte. Entretanto, no dia seguinte, ele chegou e disse:
- Cumpadi, cê me discurpa mais a mula morreu.
- Morreu?
- Morreu.
- Intão me devorve o dinheiro.
- Já gastei.
- Tudo?
- Tudin.
- Intão me traiz a mula.
- Morta?
- É, uai, ela num morreu?
- Morreu. Mais qui cê vai fazê com uma mula morta?
- Vou rifá
- Rifa?
- É, uai!
- A mula morta? Quem vai quere?
- É só num falá qui ela morreu.
- Intão tá intão.
Um mês depois, os dois se encontram e o fazendeiro que vendeu a mula
pergunta:
- E aí Cumpadi, e a mula morta?
- Rifei. Vendi 500 biete a 2 real cada. Faturei 998 real.
- Eita! I ninguém recramô
- Só o homi qui ganhô.
- E o que o cê feiz?
- Devorvi os R$ 2,00 real pra ele.

domingo, setembro 19, 2004

Você sabia?

Vote como quiser, mas é bom saber...

SE 50% OU MAIS DOS ELEITORES ANULAREM OS SEUS VOTOS, A ELEIÇÃO TAMBÉM SERÁ ANULADA E OS CANDIDATOS NÃO PODERÃO SE CANDIDATAR DE NOVO!

domingo, setembro 12, 2004

Voto Nulo X Voto Branco, você sabe a diferença?

Parece absurdo, mas é verdade. Vejam que muitos ainda desconhecem a real diferença pela falda de informação. Divulguem a todos, pois os safados tentam esconder essa informação até das pessoas mais esclarecidas.A dúvida era sobre o significado do voto nulo e do voto em branco naurnaeletrônica:Volto nulo = digitar número inexistente e confirmar.Voto em branco = digitar qualquer número e depois a tecla branco.Se você não sabe em quem votar nas próximas eleições,vale a pena saber sobrevoto BRANCO e NULO!
VOTO EM BRANCO:O voto em BRANCO, ao contrário do que parece, não significa que o eleitornão escolheu nenhum candidato, mas sim que ele abdica de seu voto.Não é um ato de contestação e sim um ato de CONFORMISMO!Os votos em BRANCO significam "TANTO FAZ" e são acrescentados aocandidato de maior votação no último turno, ou seja, se existem doiscandidatosTubarão e Galinha:Isso significa que 3% dos eleitores não querem nem Tubarão nemGalinha nopoder, mas 10% dos eleitores estão satisfeitos tanto com Tubarão como comGalinha, o que vencer está bom.Neste exemplo, Tubarão tem uma aceitação de 62% do eleitorado.O problema é que existe muita pressão para a escolha de um candidato epouca explicação do que escolher significa.
VOTO NULO:Já o voto NULO é um protesto válido.Ele quer dizer que o eleitor não está satisfeito com a proposta de nenhumcandidato e se recusa a votar em um ou outro.Esse tipo de voto é importante e é o que efetivamente faz a democracia,pois a existência dele permite que o eleitor manifeste a sua insatisfação.O voto NULO, ao contrário do que parece, é um voto válido, nnguém faladele, nem mesmo nas instruções para votação.
Explicam como votar em um candidato ou como votar em branco, mas ninguémexplica como anular um voto.Pois bem, para anular um voto é preciso digitar um número inexistente nonúmero do candidato.Se um eleitor experimenta votar em branco, o terminal eletrônicoavisa:"Você está votando em branco" e então o eleitor pode confirmar, oucorrigir.Mas se o eleitor coloca um número inexistente num terminal, ele acusa:"Número incorreto, corrija seu voto".Assim, os votos NULOS são desencorajados e por que os votos nulossão desencorajados?Por que ninguém fala deles?E por que eu estou falando deles?Porque, se na eleição entre Tubarão e Galinha:>As eleições teriam que ser repetidas e nem Tubarão e nem Galinha poderiam participar das eleições naquele ano, ou seja:O voto nulo, do qual ninguém fala e que o terminal acusa como "incorreto, éo único voto que pode anular uma eleição inteira e remover docenário todos os candidatos daquela eleição de uma só vez.Se nenhum dos candidatos conseguir maioria (mais de 50%) no últimoturno, as eleições têm que ser canceladas!Os candidatos são trocados e novas eleições têm que ocorrer.Então, contribuindo para a campanha do voto consciente, se alguémestiver votando em Tubarão ou em Galinha, mas preferia não votar em"nenhum dos dois", pode optar pelo voto INCORRETO, o voto NULO.Quem sabe um dia Tubarão e Galinha saem do cenário e os eleitores podemvotar em Golfinho.Não seja obrigado a votar em quem você não quer no poder!!!

sexta-feira, setembro 10, 2004

PPPs avançam nos Estados, mas param no Congresso

Ilton Caldeira, Ana Cláudia Landi, Mônica Izaguirre, Ivana Moreira e Vanessa Jungerfeld De São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis
O governo de São Paulo realizou ontem audiência pública para a primeira Parceria Público-Privada (PPP) no Estado. Além de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina já contam com lei aprovada pelas Assembléias Legislativas. No Rio Grande do Sul o projeto passou por unanimidade pelas comissões e deve ser concluído ainda neste mês. No Recife, a primeira PPP municipal tocará obras viárias.
O consenso que impulsionou essas parcerias nos Estados contrasta com a tramitação da PPP no Congresso. O projeto, que está no Senado, pode ser votado na próxima semana, mas deverá ser modificado e devolvido à Câmara. Os principais impasses levantados no Senado passaram ao largo das discussões nos Estados onde a legislação já foi aprovada.
As obras que deverão ser objeto de PPPs estaduais serão contratadas por meio de licitação. A legislação da PPP na maioria dos Estados limita-se a condicionar a aprovação dos projetos a estimativas de impacto orçamentário, demonstração de origem de recursos para custeio e comprovação de compatibilidade com a lei orçamentária.
As restrições previstas em lei às aplicações dos fundos, para o presidente da Previ, Sérgio Rosa, já seriam suficientes para limitar sua participação nas PPPs, uma das maiores preocupações da oposição.
Entre as prioridades dos Estados que já aprovaram a parceria estão a duplicação de rodovias, a construção de linha de metrô, a ampliação de portos e penitenciárias, a exploração de um trem de alta velocidade e a construção de um centro de expedição de documentos (Poupa Tempo). Nas prioridades da PPP federal estão a duplicação da BR-101, a pavimentação da BR-163, a extensão da ferrovia Norte-Sul e a ampliação do acesso aos portos de Sepetiba e Itaqui.

segunda-feira, setembro 06, 2004

MEDALHA DE PÉROLA

O ex-bóia-fria de Cruzeiro D'Oeste está feliz. A expressão compenetrada do atleta esconde um secreto sorriso de vitória. Uma olhadela por sobre os ombros revela que seus competidores estão longe, muito longe. Passadas ritmadas vão comendo o asfalto que cobre as pegadas deixadas por Feidípedes há 2500 anos, quando correu de Maratona a Atenas para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. E morreu.
Vanderlei Cordeiro de Lima não vem de uma batalha, mas vai ao encontro de uma. Entre ele e o Ouro no estádio de Kallimarmaro - o "melhor mármore" - há um adversário circunstancial chamado Cornelius Horan. A pista é invadida e, numa fração de segundo, aquele que corria rumo à vitória desaba no chão. É o fim.
Ninguém quer menos que a vitória. É por ela que corremos. Fomos condicionados a tirar dez nas provas, ser o mais rico, o mais feliz, o mais bonito. Ninguém quer ser vice. Vivemos de olho no Ouro. Por que será que não nos ensinaram que existe mais? Por que nunca nos falaram da Medalha de Pérola? Freada brusca não acontece só em Atenas. Quando menos esperamos somos agarrados, contra a vontade, por circunstâncias que nos lançam ao chão. É complicado levantar e retomar o ritmo enquanto assistimos, impotentes, o Ouro e a Prata passando por nós. Na poeira vai também o Bronze e não sobra para nós nem uma Medalha de Lata.
Detesto livros de auto-ajuda que ensinam o ego a ficar gritando que você já é campeão antes do fim da competição. Na maratona da vida não existe podium intermediário. Só um no fim. Enquanto não chegar lá, nem pense que sua corrida terminou. A vida está cheia de derrotas e minha mãe sabiamente acrescenta que "se a vida na Terra fosse boa ninguém iria querer viver no Céu". Prefiro o Livro que narra uma aparente derrota - uma morte inglória - que se transforma em linha de partida e de chegada, não de vencedores, mas de "mais que vencedores". A lista dos incidentes que podem ocorrer na maratona da vida é interminável. Todos experimentamos alguns dos mais comuns: a perda de alguém, uma demissão inesperada, uma doença que nos invalida ou uma falência não requerida.
A derrota está à distância de uma queda da vitória, não importa sua estatura. Eu mesmo já experimentei dessas puxadas de tapete que causam guinadas. Porém descobri depois que a carta do senhorio, avisando que o apartamento sob meus pés tinha sido vendido, seria a largada para os cem metros rasos que me separavam de um lugar melhor. Ou que o anúncio do chefe, de que os custos a serem cortados incluíam minha cabeça, serviria de vara para um salto muito maior. Até na piscina dos casamentos fracassados eu me afoguei, depois de mais de vinte anos de um nado que parecia sincronizado. Quando pensava que bastava ser pai, precisei aprender a também ser mãe de três filhos, inclusive um especial, para conservar a doçura do quadrinho que na porta diz: "Lar Doce Lar".
Na hora da queda, de nada adianta ficar agarrado ao irlandês das circunstâncias. É preciso continuar correndo para deixá-lo para trás. Se o fracasso apenas nos derruba, é a nossa ocupação com ele que nos derrota. Para as ostras, a adversidade vem quando literalmente entra areia. Se você se irrita com uma pedrinha no sapato, imagine a ostra, que é toda sapato. Mas a adversidade que a machuca serve de estímulo para ela deixar a zona de conforto - se é que ostra vive confortável. Seu organismo libera substâncias que transformam a adversidade em algo mais belo e resistente do que o Kallimarmaro, sem as incômodas arestas da derrota. É assim que surgem as pérolas.
No dia seguinte à maratona olímpica todos os jornais do mundo traziam a foto do vencedor na capa. Não, não estou falando do italiano que ganhou a Medalha de Ouro - qual era mesmo o seu nome? Estou falando daquele que transformou a adversidade em vitória, o perdão em exemplo e escreveu seu nome na história. O brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima que ganhou a Medalha de Pérola nas Olimpíadas de Atenas.
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Mario Persona www.mariopersona.com.br é palestrante, consultor e autor de Marketing Tutti-Frutti.

segunda-feira, agosto 30, 2004

Parcerias Público - Privadas

Pessoal, me perdoem se não gostam destes emails que mando a vocês, mas me deixam indignado situações como a desta última semana, em que o congresso esteve numa chamada "Semana de Esforço Concentrado" e simplesmente nada foi votado!! Ficaram apenas "lavando roupa suja", mas trabalhar pelo país que é bom, nada!! Sendo que o dinheiro dos parlamentares por estar ali presentes não deixou de entrar nos bolsos dos mesmos!!
Como acredito que as PPPs sejam essenciais para que o país continue crescendo, ao ponto de que um atraso demasiado em sua votação poderia prejudicar todo o esforço dos últimos anos (com juros altíssimos e impossibilidade de investimentos em infra-estrutura - o que afeta diretamente a nós, cidadãos), venho por meio deste email repassar um artigo que encontrei na internet, a respeito das Parcerias Público-Privadas (as tão comentadas PPPs).
Caso alguém tenha uma opinião diferente ou alguma nova informação, peço, por favor, que se manifeste. A variedade de opiniões e a troca de informações é muito saudável e útil para que nós, cidadãos comuns, tenhamos fontes de informações diversas e possamos formar opiniões próprias, a fim de podermos lutar por nossos direitos e interesses, e possibilitar assim, a construção de um país melhor, mais forte, mais justo e com menos pobreza.
Abraços a todos, Luis Felipe Lacerda Ferreira
P.S: Perdão aos que não se interessam por política e economia, mas infelizmente, é algo que se precisa aprender a gostar, pois senão ficamos a mercê das decisões alheias, que nem sempre buscam a melhoria do nosso país.
Artigo: A importância da PPP
Por Demian Fiocca em 06/08/2004 Fonte: Folha de S.Paulo
A crise de 2002 foi controlada e vários indicadores mostraram o equívoco dos que questionavam a retomada do crescimento. Trata-se agora de dar sustentação a esse novo ciclo e, para tanto, é fundamental elevar os investimentos em infra-estrutura.
O forte crescimento da dívida pública ocorrido entre 1994 e 2002 impôs restrições fiscais que reduziram o investimento público nessas áreas, sem que o investimento privado aumentasse na magnitude necessária. Nesse contexto, as Parcerias Público-Privadas (PPP) são fundamentais para assegurar um crescimento harmonioso e afastar riscos de gargalo nos transportes.
Retardar o início desses projetos seria muito ruim para o país. Muitos investimentos têm retornos econômicos e sociais que superam o retorno que o investidor consegue apropriar. Outros têm prazos de maturação e incertezas de demanda que inibem o setor privado.
No passado, o setor privado fazia os investimentos que fossem plenamente rentáveis e o setor público deveria fazer os demais. Hoje, o investimento público já não cobre essas necessidades. O governo Lula realizou um importante esforço de racionalização das despesas de funcionamento da máquina, com redução real em 2003 sobre 2002 (queda de 8,1%, deflacionando pelo IPCA, e de 14,2%, deflacionando pelo IGP). Fez a reforma da Previdência e está combinando uma política de reestruturação de carreiras com a contenção dos gastos totais com funcionários ativos e inativos como proporção do PIB. Mesmo assim, o espaço fiscal obtido é insuficiente. As Parcerias Público-Privadas, assim como a iniciativa de discutir aperfeiçoamentos na contabilização de determinados investimentos nas metas fiscais, são o resultado da busca de soluções para dar sustentação ao crescimento econômico. Parece, infelizmente, que persiste em alguns setores uma mentalidade de que o descaso com o balanço de pagamentos, com a infra-estrutura ou com quaisquer outros fatores que põem em risco o crescimento não é problema. O país perde duas décadas de crescimento em meio a uma seqüência de crises e alguns se contentam em construir desculpas de que foram choques exógenos, falta de sorte, mau tempo.
Qual é a idéia central das PPP?
Digamos que a construção e operação de uma ferrovia seja viável se tiver fluxo de cem toneladas por dia. Os estudos do projeto indicam que a demanda atual seria de 70 toneladas, subindo a cem toneladas em dez anos. Os retornos totais dessa ferrovia, entretanto, vão muito além do retorno do empreendedor, pois ela traz benefícios econômicos e sociais a toda uma região, viabiliza outras atividades etc.
O investimento é bom para o país, mas o setor privado não o fará sozinho, devido à demanda inicial insuficiente. O Estado tampouco o fará como obra pública, pois não tem espaço fiscal. As PPP vêm viabilizar esse investimento por meio de um contrato de compra de frete no qual o Estado assume o pagamento anual equivalente à diferença entre o frete real e o frete mínimo necessário para viabilizar o investimento. Quando o investimento for auto-sustentável, o Estado deixa de pagar.
Como esse contrato é feito? Por meio de uma licitação de técnica e preço, como na Lei de Licitações, com alguns controles adicionais: além da aprovação do Congresso, já que o projeto tem de estar no Orçamento e no PPA, a licitação tem de ser precedida de autorização do órgão gestor (composto pelos Ministérios do Planejamento, Fazenda e Casa Civil) e tem de ser submetida a consulta pública, para dar maior transparência. Ganha quem vencer a licitação, nos termos do edital.
Como as PPP se submetem à Lei de Responsabilidade Fiscal? A LRF define dois tipos de controle: um controle do estoque de ativos públicos, por meio dos limites de dívida, e um controle dos fluxos de gasto público, por meio da exigência de que a contratação de um serviço de longo prazo só seja realizada mediante a redução de outra despesa ou o aumento de receita. O projeto das PPP prevê que o Tesouro Nacional definirá os critérios para contabilizar as parcerias como dívida (quando configurar a compra de um ativo) ou como gasto de natureza continuada (quando configurar a contratação de serviço).
Quando a parceria for equiparada à dívida, ela se submete aos limites de dívida já definidos na LRF. Quando for equiparada a gasto de natureza continuada, ela se submete aos controles que a LRF também já prevê para esses gastos (redução de outra despesa ou aumento de receita). A experiência internacional permitiu incorporar outros dispositivos que colocam o projeto brasileiro na ponta do que se faz hoje no mundo, como as garantias contra risco político ou a possibilidade de que o Estado receba parte dos ganhos de refinanciamento que há normalmente no início da operação do projeto. Ainda que sempre seja possível discutir detalhes ou determinados pontos de vista, é fundamental, neste momento, evitar que ruídos que não fazem justiça aos méritos do projeto retardem sua aprovação. A desatenção à infra-estrutura, com a crise de energia de 2001, já causou a perda de três pontos percentuais do PIB, naquele ano. O Brasil perdeu ali a oportunidade de dar início a um crescimento continuado. Não podemos permitir que isso ocorra de novo.
Demian Fiocca, 36, economista, é chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento e autor do livro "A Oferta da Moeda na Macroeconomia Keynesiana" (ed. Paz e Terra).

sexta-feira, agosto 13, 2004

Dia do Economista

Não que eu tenha motivos para comemorar ... mas hoje é o dia. Ah! Hoje também é sexta-feira...13.

Outra notícia "que ninguém sabe" é: a abertura dos jogos olímpicos.
Tem gente que não se importa muito com isso, mais eu, particularmente, gosto. Muito mais que qualquer outra comemoração. E essa em especial, na Grécia, trás de volta a história das olimpíadas e da origem de muitos simbolismos da sociedade ocidental. Adorei a festa de abertura e também gostei da narração dos comentaristas da globo ( que contaram detalhadamente os significados do que se passava) ao contrário do pessoal do esporte tv ( que pareciam estar um pouco perdidos, ou deslumbrados demais para poder comentar alguma coisa!).

Ontem, teve futebol feminino. Hoje, de madrugada também tem alguma coisa... desculpem-me a falha mais não lembro o que é. Serão 16 dias de jogos.

Sorte para todos!


sexta-feira, julho 23, 2004

La vida en Buenos Aires

Bueno... la vida en Buenos Aires é ótima. Muito fria, é como estar em Sao Paulo ( me perdoem a grafia mais ainda estou me familiarizando com o teclado) e, às vezes é como estar na PUC num dos intervalos... pois é todo mundo (ou quase) veio para cá. Em cada esquina um paulista diferente, às vezes só para variar um curitibano ou um gaucho... muito raramente um portenho!!!

Desde que começaram as aulas comecei a falar o bom e velho português assim que se tivesse pego a grana do curso e tivesse ido (de fato) conhacer a Argentina, es decir, fugir desse circuito Buenos Aires - Bariloche estaria hablando mucho más!!!

Aqui as pessoas sao muito intelectualizadas, todos leêm o tempo todo... revistas, jornais, livros... escrevem. Em qualquer lugar que veja alguém parado (num café, que como as livrarias e os "ciberlugares" têm aos montes, em cada esquina sem exageros; ou num ponto de ônibus, ou no metrô). Outra coisa que me chamou atençao e, confesso, realizou uma curiosidade de infância foi a arquitetura urbanística da cidade. É toda dividida em quadras quadradas! Quando era pequena e ficava de um lado a outro do Rio naqueles "maravilhosos" ônibus escolares ficava imaginando como seria bom se as ruas fossem organizadas dessa forma...
   
As duas melhores coisas para se conhecer uma cidade sem se perder é caminhar a pé e se deslocar de metrô ... 
Depois conto do Malba (Pedrinho vc iria amar) e a coleçao de batatas e como fazem os "batedores de cartera " portehos.

Ah! Yo que ñ gosto de futebol informo: Domingo, Brasil versus Argentina!!

Agora vou ao cinema com a galera assistir um filme en Español!! Pago pelo curso vejam só (ok, ok!!! Sei que está incluido no pacote, mas é mais legal pensar que é de graça!!!) e depois, por la noche, vamos conocer la discoteca!!!  Vamos a bailar! 
Hasta luego !

domingo, julho 11, 2004

CAPES

A CAPES, que tem artigos de praticamente todas as áreas de estudo,
com acesso GRATUITO, será desativada por falta de acesso, por não
haver divulgação. Como alguns sabem, o MEC está pensando em fechar o
portal de periódicos da CAPES. A alegação é de que o custo é alto, e
pouca gente usa.
Na verdade, é pouco acessado por ser pouco divulgado. Para os que não
conhecem, o portal fornece acesso a diversos periódicos científicos de
praticamente todas as áreas de estudo, entre eles vários nacionais e
internacionais de economia, direito, computação, engenharias,
medicina, etc... Para se ter uma idéia, sem o portal você teria que
pagar algo como U$ 1,99 a 20 dólares POR ARTIGO. A proposta, portanto,
é de divulgar o portal, que é uma riquíssima fonte de conhecimento
científico sem fins lucrativos. O endereço do portal é:
www.capes.gov.br

Desequilíbrio de mercado

Recebi de um dos meus colaboradores anônimos ...

Pessoal, eh meio grande mas de leitura rápida. Vale a pena ler por que reflete bem a realidade de emprego em grandes empresas no Brasil.


MATÉRIA - REVISTA EXAME
Por Max Gehringer


Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno,
nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante
exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação
superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de
informática,fluência em inglês e, não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico. Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam.
E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico... Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.

B:Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
F:In a hurry!
B:Saúde.
F:Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
B:E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
F:O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho
profundos conhecimentos de informática.
B:Não, não. Cópias normais mesmo.
F:Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
B:Fabiana, desse jeito não vai dar!
F:E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.Como assim?
É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
B:Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
F:Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
B:Futuro? Que futuro?
F:É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não
aconteceu nada.
B:Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
F:Sei. Mas o senhor é hands on?
B:Hã?
F:Hands on. Mão na massa.
B:Claro que sou!
F:Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções. Uma,
cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as
qualificações requeridas. E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos
anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo
prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo
preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.Em uma empresa
em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel. Até que um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas. E, no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação. Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz, uma espécie de pitico contemporâneo: O que é capaz de resolver, mas não de impressionar.


quinta-feira, julho 08, 2004

Com comments e sem links

Depois de um breve ataque consegui colocar o comments... agora só falta os links...aproveitando quem quiser ser lincado, aproveite o momento e deixe seu endereço para nós.

Motherfucker Ice Cream e Tocha Olímpica - Protesto

Como agora todo mundo tem "um-blog-que-é-só-meu" ninguém posta mais no "blog-que-é-de-todo-mundo" então lá vai a última manifestação do senhor Bahia.
ps:Nunca ouvi falar nesse tão conhecido sorveteiro. E as fotos...vou ficar devendo...



by Bahia

Eu ia mandar isso apenas para 2 pessoas que haviam me pedido hoje, mas acabei resolvendo passar para o resto do pessoal nos meus endereços também.

Revoltante como, no meio de tantas pessoas dispensáveis e que pouco fizeram pelo esporte nacional, nosso ilustre sorveteiro Motherfucker Ice Cream não foi convidado para conduzir a tocha olímpica no "evento" de domingo.

Motherfucker Ice Cream é uma lenda da madrugada underground carioca, figurinha fácil do Garage, Bunker, antiga Kachanga (antes de fechar), Empório, Lapa, entre outros. Seus sorvetes e seu inglês são uma coisa única no Rio de Janeiro. Se você não faz idéia de quem seja ele, visite antes este ótimo site-homenagem feito pelo Jesus:

http://www.geocities.com/freakloko/mutha.html

Pipocaram na Internet diversos protestos contra a ausência do mais famoso sorveteiro do Rio de Janeiro na festa. Um deles foi feito pelo próprio Jesus em seu fotolog:

"Ontem foi um dia para jamais ser esquecido pela nossa belíssima cidade. Foi realizada a cerimônia de carregamento da tocha olímpica.
E a maior celebridade do underground desta cidade, Mr. Motherfucker Ice Cream, o the best of Rio, não participou da cerimônia. Isto foi um fato imperdoável e por isso hoje será feito esse manifesto de protesto em diversos fotologs...
Afinal se até a Xuxa carregou a tocha.

Se o argumento usado for o que ele fez em pró do esporte. O que ela fez em pró do esporte? A única coisa que ela fez em pró do esporte, foi dar para o Pelé e o Senna. É inadmissível a ausência dessa lenda do underground carioca em uma festividade como esta."


O site Grosseria também falou da falta do Muthafucker, em uma crítica à presença de Tony Ramos: ( http://www.grosseria.tk/asp/dsp_noticia.asp?cd_noticia=803 )
"Tony Ramos carregando a tocha: isto também te emputece?
Em mais uma "desavergonhada auto-promoção" desnecessária, a Globo conseguiu encabeçar um dos seus lacaios na corrida com a tocha olímpica, nesta nossa querida e violenta cidade do Rio de Janeiro. O escolhido foi Tony Ramos, um homem que poderia ser relacionado com QUALQUER OUTRA COISA, menos com um evento olímpico e desportivo, menos ainda deste calibre. Este motivo foi para mim, e imagino que para qualquer outro ser que realmente pense, motivo mais que suficiente para brochar a minha tocha e exorcisar o meu espírito olímpico. Tentando resgatar a alegria de uma maneira menos forçosa (a idéia original era passar uma banda no carregador da tocha olímpica na orla), sugiro aqui algumas pessoas que poderiam facilmente substituir o vulgo "representante da classe artística", neste Caminho de Santiago com barreiras. Faremos também uma auto-promoção. Aqui vamos:

- MotherFucker Ice-Cream: Conhecido em todo o underground carioca é quase parte do folclore nacional. Um vendedor de sorvetes (por suas vezes contendo baratinhas vítimas de criogenia) dono de um inglês sensacional. Infelizmente, foi vítima do cartel de quiosques em frente a faculdade PUC-RJ, e tem andado meio sumido ultimamente;

- João Kléber: O maldito apresentador entra nessa lista apenas por mórbida curiosidade nossa, pelo seu super-poder de andar inimagináveis distâncias diariamente, acabaria com a necessidade dos outros 46 participantes. Gostaria de saber se o povo iria apedrejá-lo até a morte antes de começar o percurso, ou no fim. Ou como ele mesmo diz, depois dos comerciais, o mitológico "próximo bloco" que nunca veio a surgir;

- Fernandinho Beira-Mar: Já que a Globo sugeriu o representante da classe artística, poderíamos sugerir um representante do poder paralelo. Simultaneamente, seria a garantia de escolta policial e de drogas para todos os gostos, desde uma clássica Cannabis Bubbleberry safra 2003 para Luana Piovanni até uma rara White Rhino, vencedora da Cannabis Cup, para os mais exigentes como Marcelo Anthony, que em outros tempos tinham que se deslocar até o sul do país para consegui-la;

- Mãe Diná ou qualquer uma vidente genérica que só consegue prever as coisas depois que já aconteceram: Apesar do longo nome, seria de grande utilidade, tendo visões sobre possíveis acidentes de percurso, como tropeços, balas perdidas ou pancadas de chuva que nem o INPE seria capaz de prever com tal acerto;

- César Maia: Depois de cagar para o resto da cidade, visando as Olimpíadas apenas na Barra da Tijuca (que pode representar QUALQUER coisa, menos o verdadeiro Rio de Janeiro), podia tentar se retratar com a população (não emergente, obrigado) correndo com a tocha na mão e de casaco;

- Law King Chong: O chinês acusado de ser o maior contrabandista, já que estava correndo da polícia, poderia aproveitar para correr um trecho com a tocha por aqui. Ao menos ele me garante produtos abusivamente caros por preços acessíveis. Tony Ramos me garante o quê???

- O nosso próprio Luiz Pareto: Para quem quase segurou Peru na Sadia como ganha-pão durante 8 horas diárias, segurar um piroco disfarçado de tocha por alguns metros, é um pulinho só.

OBS: Daniela Cicarelli também faria parte da listinha. Mas depois de mudar seu estado de solteira e simpática para solteira e maria-chuteira genérica, perdeu a vaga imediatamente. Se engravidar do Ronaldo, aí realmente o mundo acaba."



Para os que não conhecem a figura, coloquei em anexo algumas fotos do Motherfucker.

Se você também sentiu falta do Muthafuckin' no domingo e não concorda com essa situação absurda, passe esse protesto adiante!!!

Marcelo




terça-feira, junho 29, 2004

De cara nova...

Já tinha mudado (e me esquecido disso!) só faltava publicar...o que acharam??? É, eu sei, não vou saber o que acharam...mas é temporário...também faltam os links com os outros blogs...mais um p/ o "to do list"...menos o template... dá na mesma!

Boas Provas p-p-pessoal!

Só mais uma coisinha...

Preparem seus corações, pois eu vou mudar o layout deste blog! Assim que recuperar o fôlego... quando vai ser isso? Ah. "Tá" no "to do list" !

Bjs para todos!!! (estava realmente com saudades de escrever aqui!_ Jardim Zuck que me perdoe a crise sentimentalista no blog errado, mas...tem sempre um filho mais mimado do que o outro! não adianta!)

Só "pra" não dizer que ninguém postou...

Gente!!!! Quanto abandono!!!
Bom, esse post é mais para sanar a minha crise de consciência do que ser mais um post "informativo"-pretenso-a-artigo. Também serve como fuga das p-r-o-v-a-s ... ok,ok esse não é o Jardim Zuck.

Uma grande-pessoa-que-apareceu-na-minha-vida me apresentou um site de outra grande-pessoa-que-apareceu-na-vida-dela que além de suas mil-e-uma-utilidades também é um grande estudioso de músicas Celtas. O cara pinta-e-borda, quero dizer, toca (violão) e canta músicas celtas! Eu, que sou leiga no assunto, gostei. Vale a pena conferir...quem gosta do estilo.

Sem mais mistério lá vai o endereço: Ricardo Sá

domingo, abril 25, 2004

Jornal velho

Depois que passam os feriados, é bom ficar de olho nos jornais dos dias anteriores.

Encontrarão coisas do tipo "Prescreve hoje o prazo para que o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto seja condenado pelo crime de formação de quadrilha no processo que investiga o desvio de R$ 169 milhões das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo".

Como disse um assessor do governo, ainda sobre o Caso Waldomiro: "Depois do Carnaval as coisas esfriam". Por que essas coisas acontecem quase sempre no meio do feriado?

Também, no feriado, pôde-se ir a shows evangélicos, e lavar o dinheiro, quero dizer a alma, louvando o pastor, aliás o Senhor. " Tá" lá no jornal.

Lenha na fogueira

Não sei de nada, não vi, não sei dizer ...

É difamatório, mas... também interessante.

Para quem gosta de uma boa intriga...

Manifesto do PT :

Nosso partido cumpre o que promete,
Só os néscios podem crer que
Não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
A honestidade e a transparência são fundamentais
Para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
As máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
A justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
Se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
Se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
Nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
Os recursos econômicos do país se esgotem
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.


Agora leia do fim para o princípio...

sexta-feira, abril 23, 2004

São Jorge

Padroeiro dos Escoteiros e Patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia e Lituânia. Embora não seja mais considerado santo pela Igreja Católica, seu culto é autorizado pela tradição.

Para quem interessar possa um site que conta um pouco sobre o "cara" que deixou muita gente com os pés para cima nesta sexta-feira: São Jorge.

Bahia lança rede de biocombustíveis

Foi lançada na terça-feira (20/4), a Rede Baiana de Biocombustíveis, que agrega diversas entidades coordenadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti).

Integrante do Programa Baiano de Biodiesel (Probiodiesel Bahia), a rede será financiada por secretarias estaduais, empresas privadas e universidades e pretende fomentar pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias e a capacitação dos diversos segmentos que fazem parte do programa.

De acordo com a secretaria baiana, a meta é produzir um combustível proveniente de matéria-prima 100% renovável e sua posterior introdução na matriz energética estadual e nacional. O Probiodiesel Bahia segue a mesma diretriz do programa de biodiesel do Governo Federal, priorizando a produção do combustível a partir da mamona.

A Bahia conta com extensa área de cultivo de mamona, concentrando cerca de 80% da produção nacional da planta oleaginosa. O estado tem feito algumas das principais pesquisas do país referentes à produção desse biocombustível em escala comercial.

Segundo os responsáveis, o programa também irá incentivar a agricultura familiar, com o cultivo da mamona em larga escala no semi-árido, região historicamente pouco desenvolvida e carente de iniciativas de geração de ocupação e renda.(FAPESP)

Educação é Direito!

Ontem o comitê diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação esteve em Brasília, em uma Sessão Solene na Câmara dos Deputados e entregando uma representação ao vice procurador geral da República pelo cumprimento da Lei do Fundef.

Participe você também mandando um postal virtual para deputados, senadores e ao presidente Lula cobrando dos nossos governantes mais atenção à Educação Básica.
Para participar entre no www.campanhaeducacao.org.br

terça-feira, abril 20, 2004

Mais sobre Roraima

Aqui vai, aos interessados, um link para um trabalho do diplomata Paulo Roberto de Almeida: uma compilação de documentos, em especial mensagens eletrônicas, denunciando e desmontando boatos como aquele sobre Roraima, que foi, recentemente, publicado aqui.

O trabalho, intitulado Dossier Amazônia, trata também da desmitificação de outras bobagens sem fundamentos como aquelas sobre os mapas escolares americanos, que teoricamente excluiriam a Amazônia e o Pantanal do território nacional brasileiro.

Divirtam-se.

quinta-feira, abril 15, 2004

sagt du!

Fischer Fritz fischt frische Fische!

Empresas querem construir aspiradores de CO2

Duas empresas de Tucson, no Arizona, estão tentando construir um sistema de remoção de gás carbônico (CO2) da atmosfera, em um esforço para reduzir o chamado efeito estufa.
Cientistas têm discutido o chamado "limpador de ar" como conceito, mas esta é a primeira vez que alguém tenta construir um. Detalhes da pesquisa foram publicados na revista Chemistry & Industry.

Aspirador de CO2

Allen Wright - da Global Research Technologies - e seu irmão Burton Wright - da Kelly, Wright Associates – decidiram combinar a especialização das duas empresas para construir uma estrutura capaz de aspirar e guardar o dióxido de carbono, considerado a principal causa do aquecimento da Terra por cientistas.
O sistema tem como objetivo processar grandes quantidades de ar e devolvê-las à atmosfera com baixa concentração de gás carbônico.
A diferença dos atuais filtros de gás carbônico é que o que eles pretendem construir não precisa estar perto da fonte de emissões.
Alguns pesquisadores acreditam que os "limpadores de ar" podem ser um elemento-chave em futuros acordos para reduzir a concentração atmosférica de gases que provocam o efeito estufa, para reduzir o aquecimento global.
O projeto ainda está em sua fase inicial e engenheiros ainda trabalham no desenho do futuro limpador.
A única coisa decidida é que ele terá uma área de 10 metros quadrados para a entrada de ar.

Conceito

"O principal objetivo do projeto é demonstrar que é técnica e economicamente viável fazer isso", afirma Allen Wright.
Ele acrescenta que o CO2 aspirado da atmosfera poderia ser fornecido à indústria petroleira para uso no processamento do petróleo residual.
O "limpador de ar" também poderia encontrar aplicações comerciais nas empresas envolvidas no comércio de emissões – um sistema criado para a compra e venda do direito de poluir.
Uma das idéias que o filtro aspire ar e o coloque em contato com uma solução de hidróxido (provavelmente hidróxido de sódio), para remover o gás carbônico.
O hidróxido reage com o dióxido de carbono e produz carbonetos. O problema é que é necessário usar uma grande quantidade de energia para, porteriormente, separar o CO2. (BBC)

sábado, abril 10, 2004

Solidariedade no Conjecturas

O Centro Nacional de Estudos e Projetos - CNEP, juntamente com a ong TAMIM,estará cadastrando crianças de 0 a 12 anos de idade, comprovadamente de baixa renda, moradoras de qualquer município do estado do Rio de Janeiro, portadoras de eformidades inestéticas diversas (lábio leporino, fenda palatina, cicatrizes, seqüelas de queimaduras, seqüelas de violência, síndromes e outras), durante a Ação Global, para receberem cirurgias corretivas GRATUITAMENTE.
O cadastro servirá para encaminhar as crianças às etapas de Triagem do Projeto Uma Vida a Cada Dia - Cirurgias Reparadoras em Crianças - que deverá realizar-se no ano de 2004.
Se você conhece alguma criança nas condições descritas acima, ajude-a, indicando este serviço ao seu responsável ou a alguém próximo. Pratique você também a sua ação de Responsabilidade Social!
Este projeto já beneficiou mais de cento e vinte crianças, através de quase duzentas cirurgias.
Para saber mais sobre o CNEP e o projeto "Uma Vida a Cada Dia - Cirurgias Reparadoras", acesse o site:
http://www.cnep.org.br

Roraima ...

Lebram do post sobre a Roraima??
Bom, aqui vai uma dica que reforça a opinião do Aureliano ...

Lendas

Einstein

Por Alexandre Cherrman
Hermann Einstein casou-se com a jovem Pauline Koch em 8 de Agosto de 1876. Em 14 de Março de 1879, uma sexta-feira, Pauline deu a luz ao seu primeiro filho, batizado de Albert. O pequeno Albert nasceu em casa, Bahnhofstrasse B 135, na cidade de Ulm, Alemanha.
Einstein era um bebê muito feio (segundo seus próprios pais) e a família não apostava muito nele (“muito gordo”, reclamava sua avó). Porém, contrariando as apreensões familiares, Einstein tornou-se uma criança relativamente normal ( ele só começou a falar aos três anos de idade). Estudou em escolas públicas, aprendeu a tocar violino e se formou, aos 21 anos, pelo instituto politécnico de Zurique, na Suíça. Estava habilitado a ensinar física e matemática, mas não conseguia emprego.
Em 1902, com a indicação do pai de um amigo seu, Einstein conseguiu seu famoso emprego no escritório suíço de patentes. Graças a essa posição marginal na comunidade científica, Einstein teve a isenção e a clareza para ousar. Tudo isso aliado ao seu intelecto genial trouxe à tona, em 1905, a Teoria da Relatividade Especial. Baseada na constância da velocidade da luz (e na conseqüência imediata desse fato: nada é mais rápido que a luz), a Relatividade Especial explicava uma série de fenômenos que começavam a ser percebidos no início do século XX e intrigavam a física do século XIX.
Não satisfeito, Einstein propôs-se a generalizar sua teoria e dedicou dez anos a essa tarefa. Em 1915, nascia a Teoria da Relatividade Geral. Com ela, Einstein incorporava a força da gravidade ao problema, obtendo uma poderosa ferramenta teórica para o estudo do Universo. Se a Relatividade Especial já dizia dizia que a massa e a energia eram intercambiáveis ( afamosa equação E=m2), a Relatividade Geral explicava como o espaço-tempo respondia à matéria (e, claro, à energia). Graças ao gênio de Enstein, a ciência pôde se aprofundar nos mistérios do Universo.
Mas Einstein trabalhava em muitas frentes. Famoso pela Relatividade, ele trouxe contribuições vitais para vários ramos da Física. No entanto, sua contribuição mais vital para a sociedade como um todo talvez tenha sido a humanização da ciência. Einstein tornou-se um personagem, um ícone, a personificação da ciência moderna. Todos nós, cientistas, devemos algo a ele.

segunda-feira, abril 05, 2004

Para os meus adoráveis críticos

Estudo sobre os efeitos benéficos de termos amigas:

Um estudo publicado pela Universidade de Los Ângeles, Califórnia indica que a amizade entre mulheres é algo verdadeiramente especial. Descobriu-se que as amigas contribuem para o fortalecimento da identidade e para projetar nosso futuro. Constituem um remanso diante de um mundo real cheio da tempestade e obstáculos. As amigas ajudam-nos a preencher os vazios emocionais de nossas relações com os homens e ajudam-nos a recordar quem nós somos realmente. De acordo com os pesquisadores há evidências de que ter amigas ajudam as mulheres a prevenir o "stress", responsável por problemas de estômago. Após 50 anos de investigações, identificou-se que existem substâncias químicas produzidas pelo cérebro que ajudam a criar e manter laços de amizade entre as mulheres. Os pesquisadores, homens em sua maioria, surpreenderam-se com os resultados destes estudos. Até a publicação dos resultados desta investigação, prevalecia a idéia de que quando as pessoas estavam expostas à tensão extrema, reagiam produzindo hormônios que geravam uma imediata reação que conduz à luta ou à fuga frente aquilo que era percebido como agressão. A Drª Laura Primo Klein, uma das autoras do estudo mencionado, afirma que estes disparadores do hormônio constituem um mecanismo de sobrevivência tão antigo quanto a humanidade. É uma espécie de auto-proteção que remonta à época em que os seres humanos eram nômades e sua principal atividade era a caça. O que essas investigações descobriram é que não existem somente os mecanismos das respostas de luta, confronto ou fuga. Aparentemente, quando o hormônio oxitocina é liberado, como parte da reação das mulheres frente ao stress, elas sentem a necessidade de proteger seus filhos e de agruparem-se com outras mulheres. Quando isso acontece, produz-se uma maior quantidade de oxitocina que reduz o stress agudo e produz um efeito calmante. Estas reações não aparecem entre os membros do sexo masculino, porque a testosterona que os homens produzem em altas quantidades tende a neutralizar os efeitos da oxitocina, enquanto os estrógenos femininos aumentam a produção do hormônio. A descoberta de que as mulheres respondem de maneira diferente dos homens causou reações diversas. Após repetidos estudos, demonstrou-se que os laços emocionais existentes entre as mulheres que são amigas verdadeiras e leais contribuem para a redução dos riscos de doenças ligadas à pressão arterial e ao colesterol. Acredita-se que esta pode ser uma das razões por que as mulheres geralmente vivem mais do que os homens. As mulheres que não estabelecem relações profundas de amizade com outras mulheres não mostram os mesmo resultados em sua saúde. Assim, ter amigas nos ajuda não somente a viver mais, como também a viver melhor. O estudo sobre saúde, realizado pela faculdade da medicina de Harvard indica que quanto mais amigas tem uma mulher, maior probabilidade ela terá de chegar à velhice sem problemas físicos, levando uma vida plena e saudável. Não contar com amigas próximas pode ser tão prejudicial ou pior para a saúde quanto a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo. Neste mesmo estudo, foi observado também como as mulheres superam um momento crítico como a morte do cônjuge e percebeu-se que as mulheres que podiam confiar em suas amigas reagiram sem doenças graves e recuperaram-se em um lapso de tempo menor do que aquelas que não tinham em quem confiar. O estudo concluiu que a amizade entre as mulheres constitui uma fonte recíproca de força, bem-estar e saúde!

domingo, março 21, 2004

Brasil: Um país soberano?

Divulgar é só o começo... mas o que fazer?

Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.

"As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente mas, chegando em Boa Vista (RR), não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui. Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Prá começar o mais difícil de se encontrar por aqui é roraimense! Para falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável: tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência: ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo o é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro. Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de programas do governo. Não existe indústria de qualquer tipo.

Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando-se os rios e as terras improdutivas (que são muitas!), para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800km) existe um trecho de aproximadamente 200km ( reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde! Nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI "e dos americanos") para que os mesmos não sejam incomodados!

Detalhe: você não passa se for brasileiro, mas o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses!

Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI!

Detalhe: americanos entram na hora que quiserem!

Outro detalhe: se você não tem uma autorização da FUNAI, mas tem a dos americanos, então você pode entrar!

A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum, na entrada de algumas reservas, encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas!

É comum se encontrar por aqui americanos tipo "nerds" com cara de quem não quer nada, que "vieram caçar borboleta e joaninha e catalogá-las" mas, no final das contas, pasmem, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc, medicinais, ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar royalts para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da amazônia !

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: "é os americanos irão acabar tomando a amazônia" e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.

Reproduzo a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí: "irão não meu filho, tu não sabe mas tudo aqui já é deles! Eles comandam tudo! Você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam! Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque, quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra! Aqui vai ser a mesma coisa." A dona é bem informada não?

O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena ....... O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas.

Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico.

Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição pois essa "mãe" chamada Brasil mantem suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela.

Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada , principalmente de for americano , europeu ou japonês, "isso pode causar um incidente diplomático"!

Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto proteger os índios e a resposta é absolutamente a mesma: "porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e, nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO".

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.

Saio daqui com a quase certeza de que, em breve, o Brasil irá diminuir de tamanho.

Acorda Brasil. Um grande abraço a todos,

Silvio Malta Rangel Drummond. "

Será que podemos fazer alguma coisa??? Acho que sim... Pelo menos, repassar, para que um maior número de brasileiros fiquem sabendo desses absurdos... eu acho que o Brasil não vai fazer nada - quem vai se indignar com os fatos relatados? Você se importa?

André Nagib Anderáos
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sexta-feira, março 12, 2004

Simón Bolívar

" Um povo ignorante é instrumento cego de sua própria destruição."

Onze de Setembro zipado

Outro ataque. Violência em pauta. Bola de neve de assassinatos. Injustiça? Com os civis... aquelas pessoas que vegetam no deserto morrendo de fome ou bombardeadas. Aquelas pessoas que vão trabalhar, estudar, construir suas vidas de alguma forma, de alguma forma individualista, bitolada e, derrepente são mortas. Súbitamente feridas, física e moralmente, tantos os famintos do deserto quanto as formiguinhas trabalhadoras madrilenhas.
Desta vez foram eles que " pagaram o pato". Dessa vez foram eles que serviram de estopa da humanidade. Talvez não só para chocar e nos violentar ( ainda mais), mas sim para nos fazer pensar na severidade, do significado da não- consciência.
Que saber de tudo já não basta. O que é preciso fazer?

Mais realidade para o mundo da fantasia.

quinta-feira, março 11, 2004

Caminhando contra o vento sem lenço e sem documento...

11/03/2004
Rio de Janeiro começa a produzir energia eólica em 2006

Quatro empresas - Seawest, Gamesa, SIIF (do grupo EDF, controlador da Light) e Novaenergia - estão interessadas em investir na produção de energia eólica, isto é, a partir dos ventos, no estado do Rio de Janeiro, considerado de maior potencial na região Sudeste.

Elas já têm licenciamento ambiental de áreas requerido e aguardam só a entrada em vigor do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), do governo federal, para ver se serão atendidas.

A informação foi dada nesta quarta-feira (10) na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, pelo superintendente de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Luiz Antonio de Almeida Silva.

O Proinfa contempla a produção de energia a partir da biomassa, da geração eólica e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), prevendo produção de 3,3 mil MW no total, sendo 1,1 mil MW cada modalidade. Os primeiros contratos devem ser assinados no dia 26 de abril, com as primeiras usinas iniciando produção em dezembro de 2006, disse Almeida.

O superintendente declarou que os avanços do Brasil como um todo na geração de energia eólica dependerão do sucesso do Proinfa. O país gera hoje apenas 22 MW de energia dos ventos, participando com uma fatia mínima dos 7 mil MW implementados no mundo em 2002, dos quais 6 mil MW na Europa. No mundo todo, ainda em 2002, o registro é de 32 mil MW de energia eólica, sendo 1/3 na Alemanha e 1/3 distribuído entre Espanha e Estados Unidos.

Almeida destacou a existência de grande potencial para geração de energia eólica no resto do mundo, incluindo o Brasil, tendo em vista que a partir de 2006 não deverá haver muito espaço para outras instalações nos países desenvolvidos. A previsão é de que até 2010 a geração desse tipo de energia alcançará cerca de 120 mil MW.

Dependendo da situação dos ventos, o custo de implantação de uma usina eólica ainda é elevado, variando entre US$ 35,00 a US$120,00 por MW/hora, mas Almeida informou que a tendência é de redução. De acordo com o Atlas Eólico elaborado para o governo fluminense pela empresa especializada Camargo Schubert, as regiões mais promissoras no estado nessa área são Arraial do Cabo, São José de Itabapoana e São Pedro da Aldeia, no litoral, e Vassouras, na região serrana, com maior potencial de produção concentrado em termos sazonais na primavera e melhores condições de vento a partir das 17 horas.

Para estimular os investimentos no estado, o governo criou lei que simplifica a apresentação de estudos ambientais, isentando também de ICMS a aquisição de equipamentos. Luiz Almeida listou entre as principais vantagens oferecidas pela geração eólica de energia a produção de empregos na fabricação, operação e manutenção das usinas, a não interferência com as demais atividades da região, como agricultura e pecuária; e a convivência com outras formas de energia.

A energia eólica que será produzida pelo Proinfa será injetada no sistema interligado, entrando no consumo, informou Almeida. Ele frisou ainda as características especiais que tornam o Rio interessante para investimentos por parte do setor privado, como a proximidade dos centros consumidores, que já são alimentados por linhas de transmissão, o que demanda poucos recursos, ao contrário do Nordeste, onde o potencial eólico é de 75 mil MW, mas as comunidades se acham isoladas. (Agência Brasil)


Pensamento do dia

"Tudo aquilo que algum idiota diz que é urgente,
é algo que algum imbecil não fez em tempo hábil
e quer que você se foda para fazer em tempo recorde!"


É foda ser subalterno.

quinta-feira, março 04, 2004

Na realidade tem graça?

" Nosso" filme está na categoria ficção?

Na Cidade de Deus, 2 ônibus são incendiados

Érika de Castro

Um grupo de homens armados apedrejou e incendiou ontem pela manhã dois ônibus na Cidade de Deus, em Jacarepaguá. Os ataques ocorreram quase simultaneamente, por volta das 8h30m, poucas horas depois de uma troca de tiros entre traficantes e policiais do 18 BPM na favela. Durante a confusão, passageiros e motoristas de carros particulares foram assaltados e ameaçados pelos bandidos.

As cenas de violência ocorreram no mesmo dia em que o filme “Cidade de Deus”, de Fernando Meireles, disputou quatro Oscars. A fita mostra a rotina de violência vivida na favela desde a instalação do comércio de drogas.

Vestibulando ( by Pedrinho)

Qual é a Função do esqueleto?

Destruir o He-Man .

quarta-feira, março 03, 2004

E é "só" uma menina!

O Ministério da saúde deveria se preocupar com as pessoas que ainda assistem tv ( em especial aos canais regulares)

aos Domingos e fazer uma daquelas advertências em azul (só que permanentes )!


Carta ao SBT

"Aos responsáveis pelo programa Domingo Legal:

Não posso deixar de demonstrar o meu profundo descontentamento perante a programação exibida aos
domingos. A tentativa de libertar o marido da cantora Simony é vergonhosa.
Engraçado como a mídia se mobiliza para libertar um assaltante de bancos, mas ninguém vem
aqui em
casa para nos comprar
um carro novo, já que o nosso foi roubado depois de ter sido comprado
com
muito suor e trabalho.

Engraçado que o filho da Simony não pode crescer longe do pai, que já
tem
2 crianças largadas no
mundo, mas a filha do amigo do meu pai pode ficar órfã aos 2 anos de
idade
o pai dela foi
assassinado ontem (num assalto)...

Ninguém do SBT foi à casa dela perguntar se ela precisa de alguma
coisa...

O meu pai chegou a levar um tiro num assalto e já perdeu tanto
dinheiro
emoutros assaltos que nem
se lembra quanto, mas infelizmente ninguém se propôs a repor o
dinheiro
roubado para tirá-lo do
sufoco ou sequer apareceu alguém para visita-lo no hospital... Isso
não dá
ibope...

A revista Veja publicou uma matéria que deixou assustado qualquer
cidadão
de bem (menos o Sr. Gugu
que anda com seguranças armados até os dentes e não depende de uma
polícia
despreparada que vive
com um salário de miséria)...

De cada 100 criminosos, apenas 24 são presos, só 5 vão a julgamento e
apenas 1 cumpre a pena até o
fim. APENAS 1% DOS BANDIDOS FICAM PRESOS E VC AINDA QUER SOLTAR O QUE
ESTÁ
PRESO?

Isso é realmente lamentável... o coitadinho só roubou um banco, merece
ficar livre.

Por que o Sr. Augusto Liberato não mostra o fim daquele mendigo que
ele
ajudou com casa, dinheiro
e trabalho... depois de todo aquele estardalhaço que o Domingo Legal
fez
para ajudá-lo, não vi
nenhuma menção ao fato dele ter sido preso assaltando um posto de
gasolina
após perder tudo o que
o Gugu deu... e o fim daquele pequeno polegar, o Rafael...
pobrezinho...
Certamente, não sou a favor do programa penitenciário no Brasil... sou
a
favor dos presidiários
estudarem e trabalharem para a sociedade em troca de redução da pena
caso
não tenham cometido
crime hediondo, mas ser solto antes do tempo só porque a Simony
engravidou
é demais pra minha
cabeça... Políticos não ficam presos e agora também artistas e
parentes
têm imunidade??

Só no Brasil mesmo pra acontecer esse tipo de coisa.
Concordo que a violência exacerbada que está batendo à nossa porta é
fruto
do descaso do governo e
da sociedade para com as crianças de alguns anos atrás que foram
deixadas
sem escola, creche,
crianças abandonadas à própria sorte, mas soltar os bandidos por essa
justificativa não resolve.

Por que o SBT não faz uma campanha para os políticos investirem mais
em
educação e creche ao invés
de soltar presidiários parentes de celebridades?

Ou mesmo colocar uma programação mais decente, que proporcione cultura
ao
invés de mulher pelada?
É um caso a se pensar...

Vou parando por aqui, pois tenho um nterro para ir (já mencionei o
amigo
do meu pai que foi morto
ontem).

Deixo aqui a minha revolta perante uma televisão podre, que vende a
ignorância e proporciona
festivais de absurdos como se a vida fosse uma simples brincadeira. O
Domingo Legal já está
bloqueado aqui em casa e farei o possível para convencer as pessoas
com um
mínimo de inteligência
a não mais assistirem a essa porcaria.

E se a Simony ama tanto o marido dela que espere ele cumprir a pena e
pagar o que deve para a
sociedade ou será que o amor dela não é suficientemente grande para
agüentar as adversidades?

Priscila, 16 anos
São Paulo - SP"

domingo, fevereiro 29, 2004

Para informação e colaboração

O JORNAL SPTV DA REDE GLOBO PASSOU UMA REPORTAGEM SOBRE O HOSPITAL DOS OLHOS DE SOROCABA, QUE É CONVENIADO COM SUS, E TEM CAPACIDADE PARA REALIZAR CERCA DE TREZENTOS TRAMPLANTES DE CÓRNEAS POR MES, POSSUI TAMBÉM ESTOQUE PARA A REALIZAÇÃO DOS MESMOS.

NO ENTANTO, ESTA REALIZANDO SOMENTE CERCA DE CENTO E VINTE TRANSPLANTES POR MES, DEVIDO A FALTA DE PACIENTES. NO FINAL DAS CONTAS, AS CÓRNEAS ESTÃO SENDO JOGADAS FORA POR PASSAREM DO TEMPO DE UTILIZAÇÃO.

PEÇO A TODOS QUE, POR VENTURA TIVER O CONHECIMENTO DE ALGUÉM QUE ESTEJA NA FILA DE TRANSPLANTE AGUARDANDO UM DOADOR. INFORME A PESSOA PARA ENTRAR EM CONTATO COM O HOSPITAL ABAIXO:

HOSPITAL DE OLHOS DE SOROCABA - SP

TELEFONE (15) 212.9000

ATENCIOSAMENTE



DR. EDUARDO BEZERRA

MÉDICO DO TRABALHO

O seis falando do meia dúzia

"EUA criticam Brasil por falta de promoção de direitos humanos", deu no Globo Online, sobre um relatório do Departamento de Estado norte-americano.

Afirma que as forças policiais estaduais - tanto civis quanto militares - são responsáveis por execuções extra-judiciais, tortura e espancamento durante interrogatórios. O documento também cita as condições de vida em presídios do Brasil, que variam de "ruins a extremamente difíceis", e a violência no campo.

O Rio teria, afirmam, a polícia mais violenta do Brasil.

No mesmo dia, pesquisa revela que "padres dos EUA abusaram de 10.677 crianças", sem contar os pelo menos oito mil mortos no Iraque.

Vai entender.

Esqueleto

CLIQUE NAS BOLINHAS VERMELHAS E ARRASTE
CLIQUE TAMBÉM NOS SINAIS DE "+" EM CIMA... E ARRASTE

VEJA EM:

Silogismo barato...

Hoje em dia, os trabalhadores não têm tempo pra nada.
Já os vagabundos..., têm todo o tempo do mundo.
Tempo é dinheiro.
Conclusão: os vagabundos tem mais dinheiro que os trabalhadores.


sábado, fevereiro 28, 2004

Quem lê...sabe.

No prédio da Varig, anexo ao Aeroporto Santos Dumont existe a facilidade de aquisição de medicamentos importados. Se vocês conhecem alguém que precisa tomar remédios importados, esta é uma boa dica.

A Fundação Rubem Berta, em parceria com a VARIG, presta um serviço de caráter humanitário na compra de medicamentos não fabricados no Brasil, sem qualquer ônus quanto aos serviços de compra e transporte, ficando a cargo do solicitante somente o custo do medicamento. O contato deve ser feito por meio do setor de medicamentos:

VARIG - Aeroporto de Congonhas - portaria 3 (Medhelp) - Fone.: (11) 5091-2250.

Vestibulandos!!!

Questão de vestibular:

Qual a sua opinião sobre a importância do Vale do Paraíba?

A seguir a resposta (honesta por sinal) de um candidato:

"O Vale do Paraíba é de suma importância para a causa social brasileira como um todo, pois não podemos continuar discriminando aqueles nossos irmãos. Se já existe o vale transporte, o vale refeição e o vale idoso, porque não criarmos também o 'vale do paraíba' ?!?!"

Clima Olímpico

Entrando no clima Olímpico, vamos dar uma força para que o Brasil sedie a Olimpíada de 2012 votando na cidade do Rio de Janeiro, no site abaixo:


www.cnn.com/2004/SPORT/01/16/olympic.bids/index.html


Divulguem!!!

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

The home of the brave

Este texto é de um crítico de música americano, e é bastante interessante (embora infinitamente longo). Quem quiser (e puder) se aventurar vai gostar.

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Just as Operation Iraqi Freedom was starting, the NYC club Tonic was hosting a festival of Swiss improvising musicians. Four of the musicians cancelled - one because she was just scared to travel in wartime, the others to boycott the U.S. invasion of Iraq. The festival's organizer rolled his eyes when I told him about one of the musicians canceling, and said, "You know, he's probably sitting around in his Levis watching American sitcoms, but he's boycotting the U.S.?" A week or so later, I was reading the April issue of the WIRE and came across an article on the pianist John Tilbury, who is an improvisor and also an accomplished performer of contemporary classical music. The first few paragraphs were devoted to a distillation of a statement he made after refusing an invitation to tour the U.S. when Bush was still urging war but hadn't quite declared it (he was supposed to play a different festival at Tonic, actually, and I later remembered the person who organized that festival had told me he'd had a long discussion with Tilbury where he attempted, unsuccessfully, to persuade him to come). I recently read Tilbury's unedited statement online (http://incalcando.com/tilbury/). He said performing concerts for U.S. audiences would be "providing them with an alibi, a temporary escape, a haven, from the harsh realities of the consequences of the ideology in which they are subsumed." He compared concertizing in the U.S. now to orchestras performing Beethoven for the Third Reich during WW2. Well, he supposed to come and improvise, which (theoretically) would engage an audience's intellect, instead of lulling them into complacent reverie by playing the classics. It's very doubtful to me that the audience at a John Tilbury concert would be anything but largely anti-imperialist/anti-war, so they're not subsumed in the government's ideology beyond simply taking up residence here--and to assume they would be is just as bad as thinking the Iraqis were subsumed in Saddam's ideology. But maybe Tilbury is conscious of this and feels his liberal audience should be out protesting instead of sitting around at Tonic listening to music. He doesn't explain it in his text and I don't want to put words in his mouth.

If a bunch of pop stars decide they ain't gonna play Sun City and put words to that effect in a song that gets played on every radio station in the country they'll raise consciousness and have an economic effect (on Sun City, at least) by not performing. If John Tilbury doesn't play Tonic, fifty people in New York City, who are most likely already politically conscious, are disappointed. Youssou N'Dour also cancelled his tour in protest of the war. He plays larger venues than Tilbury, so this is a more significant statement. But in a way he's playing into the hands of the right wing. Keeping Americans in the dark about what the rest of the world is like makes their job easier - it makes keeping people of afraid of the outside world that much easier. By importing culture from other countries it makes it harder to consider them enemies (just think how different history might have been if we'd had Vietnamese restaurants in major cities in the 50s or if the great wave of Iranian cinema happened in the early 70s instead of the 90s). This was one of Tilbury's other complaints - that "people in the US have been kept in abject ignorance in relation to the world at large." But then he goes on to say that he always feels uncomfortable here and is terribly relieved to scurry back home to Blighty as soon as possible to escape "a predatory, aggressive, individualistic, dominant culture whose avowed aim is to impose itself, through threat of annihilation, on the rest of the world." Over twenty years ago I read an interview with the Clash where they explained that their song "I'm So Bored with the USA" was about being fed up with the amount of US culture that was starting to infiltrate Europe, which is obviously even more relevant now than ever. But that disgust didn't stop them from touring here and spreading that message. Hearing that song, and reading that interview, is probably how I became conscious of the increasing Americanization of Europe, since I'd never been to Europe at that time. The Clash were always mocked for their politics, and topicality may not always make for the best music, but this shows that music can potentially be a far better source of information than the TV news or most newspapers.

Cultural exchange is an important contribution to world peace. I can understand these musicians wanting to hurt the US economy by not coming here and changing money to US dollars and spending it - that's a valid protest (and I know at least one NY resident who avoided spending any cash money back in March). Still, the Department of Homeland Security and U.S. immigration have been making it harder and harder for any kind of foreign artist to perform here for the very reason I discussed earlier - promoting American xenophobia. For a foreign musician to come at all makes more of a statement than not coming, and it's an insult to people like the brilliant Iranian filmmaker Abbas Kiarostami, who was denied visa access for last year's New York Film Festival, for those that can get through immigration to throw the opportunity away. Wonder why the U.S. did nothing while the looters destroyed priceless artifacts in Iraq's museums? Just imagine if a traveling exhibition of ancient Iraqi art had been organized last summer, if metropolitan voters and taxpayers had access to that - I wonder if an anti Iraqi war movement would have started a lot sooner. This also parallels the Christian missionary practice of wiping out indigenous cultural heritage after converting them to the gospel (e.g. Mayan, Aztec, or Native American culture), but the U.S. just let the Iraqis destroy their own culture - just as we're supposed to be letting them set up their own government.

In late March I went to Europe to do concerts in Bologna, Venice, Paris, and Berlin with Text of Light, a project in which Lee Ranaldo, DJ Olive, Ulrich Krieger, Tim Barnes and myself improvise as films by Stan Brakhage screen behind us. Some of us were concerned before leaving New York that we would meet hostility there as Americans, given the German & French opposition to the war. In speaking with people when we got there, it was clear that Bush was the object of scorn, not America or Americans. To be sure, Europeans have not given up on the U.S. The French are laughing at us, not hating us, for "Freedom Fries" and all that nonsense, just as they were laughing at us when we tried to impeach President Clinton for having a mistress. In Berlin there were huge, mass produced posters all over the city that read "FUCK WAR." In Italy, banners that read "Pace" ("Peace") hung from every window. But in America you just saw an American flag in every window or on every door. The "we're number one" statement that makes has become an increasingly desperate but understandable one since 9/11, but I think it worked against a climate to speak out against the war in this country. Part of the psychological imperative of the Iraq war is that America still feels victimized by 9/11. Bush must hear his father's words "I am not a wimp" ringing in his ears; a little shock and awe builds confidence, you know. It was great to get a perspective on the war from outside the US, and also to find out first hand how America and its government are perceived abroad rather than taking the media's reportage at face value.

"I watch [Iggy Pop"s] feet, I watch his hands, I watch every spin and jump he lets fly - I feel like one of the kids in the crowd, watching the gig but I also get to play along somehow, it's wild."
--Mike Watt on playing bass in the Stooges at the Coachella Festival,
California, April 27, 2003

One of the great things about performing improvisational music concerts is that you are both an audience member and performer. As you're playing, you"re also listening to what the people you're playing with are doing, and reacting to it. And you're hearing this spontaneous music for the first time, just as the audience is, not presenting pieces of music you've carefully prepared. There's a lack of manipulation of the audience that goes with this - you haven't determined a specific journey to take them on, whatever happens happens. And whatever happens you experience together, hopefully. You're not controlling them; it's a mutual thing.

It's too bad after 9/11 the US government didn't take a similar tack. Everyone was united in their shock at what happened and the uncharted territory of trying to deal with the aftermath - no one knew what would happen, but we knew we'd experience it together. And the rest of the world was aligned with us. But imagine an improv concert where suddenly the musicians decided to just play "Louie Louie" and "Johnny B. Good" - the old favorites. That's what happened with our government. It took the tragedy as a green light to go back to Cold War tactics of keeping the populace in fear round the clock. The Cold War against Communism became the War on Terrorism. Similarly, the witch hunt hysterics of McCarthyism have been revived in the Patriot Acts 1 & 2, not to mention the Pentagon's wish for an Big Brother-esque database which would give them access to every transaction imaginable (email, bank account, phone, you name it) and even file our walk for identification purposes - all to root out "terrorists" the same way McCarthy was rooting out "communists." Part of the coldness of the Cold War was the idea that it can't happen here - the threat was there, but a distance still existed. With the War on Terrorism, it's already happened here, and it's a moving target, so it's a war without end. For the hawks/warmongers among our politicians, this is an ironclad state of affairs. But I think even during the Clinton administration, terrorism was looked at as the logical successor to the Cold War. The Oklahoma City bombing indicated that there was an enemy within- look at movie titles of the time like "Sleeping with the Enemy" or "The Stranger Beside Me." Think about "The Hand That Rocks the Cradle" or "Single White Female." Terrorism begins at home.

9/11 also proved decisive for a right wing think tank called the PNAC (Project for the New American Century, also check www.pnac.org, a watchdog website). Including Bush Sr. & Jr. cabinet members like Dick Cheney and Donald "Rummy" Rumsfeld, who sat on the boards of transnational corporations while they also performed public service, Jeb Bush, and Paul Wolfowitz, the PNAC called for regime change in Iraq from the early 90s on. Never mind that US forces sat on their hands while rebellions they intended to foster against Saddam by liberating Kuwait were squashed by the Hussein regime. This was a right-wing extremist New Age philosophy which mandated that the America which came into its own as a world superpower in the 20th century must safeguard its power as an empire in the 21st. It must rule the world. Having a lock on the Middle East and specifically its oil reserves is a key to this. Iraq was the most troublesome country in this region in this respect, and was already battered by the Gulf War and subsequent U.N. sanctions - it would seem to be the logical choice as a place to start. They petitioned President Clinton for regime change in Iraq, who dismissed it as nonsense (and remember, before 9/11 Bush was too busy playing golf to worry about foreign policy). Besides, when the Cold War ended, the American people went on a vacation from fear. They were excited about the internet and a new economy - the biggest economic expansion since the early 60's, in fact. Why bother with a war? With more money to spend, people had more room to experiment, broaden their horizons, try new things. Multiculturalism flourished then. People developed an interest in frivolous things like, well, free improvisation or free jazz. When you feel secure, when you don't have to worry about survival, you have time to stop and smell the roses.

The Republicans didn't like any of that. They only understand progress in terms of economic and military expansion, not in terms of cultural enrichment, social services (standardized national health care, for instance) or intellectual, emotional or moral enlightenment. Clinton wasn't interested in conquering the world, so he was of no use to them. That's why they tried to get him out of office every chance they could. Hillary Clinton was laughed at when she told an interviewer that the whole Whitewater/Monica Lewinsky trials were the product of a "vast right-wing conspiracy" but who's laughing now? The election of Bush in 2000 was a bad sign. Forget about Florida, why was the election as close as it was? Bush Sr. got elected on Reagan's coattails, and as the incumbent in a peaceful time with the economy still in full stride Gore should have done the same with Clinton. Sure, Bush was more charming than the fatally pedantic Gore but always seemed like a throwback to the Reagan/Bush era, and was a rich kid to boot, which meant that he never had the chance to develop a moral outlook - he got into everything from Yale to business to the governorship of Texas to the White House through family connections and out of military service and a few scrapes with the law through them too. In England the prince simply ascends to the throne when the parent dies. In America that's too simple - you're only on the throne for 8 years max. In this case, the parent wasn't re-elected, but he staffed the Supreme Court with partisan justices to make sure his son would eventually ascend to the throne. As the war began, I saw several editorials about how Bush had "squandered" the world's good will towards the U.S. after 9/11 by ignoring the Unand worldwide protests and invading Iraq; now the editorials say the US had "squandered" the Iraqis good will towards it after its "liberation," by failing to set up proper security and letting lawlessness go unchecked. Who else but a spoiled brat would squander such things?

The TV show "Who Wants to Be A Millionaire" was popular around election time too. It wasn't enough that people were in the midst of historically long economic expansion, they got greedy and wanted more. America itself was becoming spoiled, and George Bush is simply an embodiment of that. At the same time, America's Puritanical heritage was tugging at the national psyche, laying a guilt trip on it about having too much money. Electing George Bush eased the paradox. America would safeguard the riches acquired in the 90s by electing a president who would run the country like a corporation, not a mass community. America would lose confidence in its finances by electing a president who was unarticulate, a former alcoholic, and had rarely been outside of the U.S.; in short, someone who couldn't really be trusted to run the government or command the armed forces. If you can't trust the leader, you can't be confident consumer, right? So the economy suffers and goes into recession - boom, you don't have more money than you know what to do with anymore (but the corporations still do). In 1968, Richard Nixon, a proven loser, was elected for the same reason - to end an equally long economic expansion (started in the administration of another womanizing Democrat President). There's a Christian element here of Saturday night, Sunday morning too - at some point Americans decide it's time to end their "big night out" of prosperity, and atone for their sins through recession. The supposed "pendulum swing" between conservative and liberal national "moods" is also patterned from this. Of course, Bush is a born again Christian, which puts him directly in touch with these national neuroses. Clinton was a practicing hedonist; Bush is a reformed alcoholic and drug user - in other words, Clinton was Saturday night, and Bush is Sunday morning. The other popular show back then was "Survivor" in which a bunch of people start on an island and then its survival of the fittest, with one person voted off the island per week until there's only one left. People must have sensed they wanted a leader who would be the survivor. Bob Woodward has quoted George Bush telling his advisers that in the War on Terror "at some point, we may be the only ones left. That's ok with me. We are America." By alienating most of our allies in Europe and bullying the U.N., Bush is playing the game of Survivor to win.

Corporate culture plays an increasing role here. As noted above, Bush himself and his cabinet have many personal corporate ties. The U.N. was discarded because the Bush administration sees the world as a series of transnational corporations, not a series of nationalities. So who needs the U.N.? It's the corporations who are running the show. America used to be called the great melting pot, now its government sees the world as a kind of corporate melting pot. Operation Iraqi Freedom wasn't even a war, it was what's called a "hostile takeover" in the business world, at least as far as our government is concerned. That's why there was a shortage of foot soldiers during the war (and after) - this was supposed to be a quick, smooth transaction (air campaign as paperless office), you don't need a bunch of underlings running around to make coffee or photocopies. Corporate culture was also having major PR worries last year with the Enron scandal. Christianity was beleagured with the priest molestation scandals. Since corporate culture and religion are Bush's life's blood, he recognized that they needed a diversion - another reason to start an un-losable war. When Bush talks about spreading freedom throughout the world, it smacks of both corporate globalization (as if "American Democracy" was a brand/product that he wants marketed in every country, like McDonalds) and missionary aims (the my-way-or-the-highway method by which Christianity was popularized). I don't remember it sounding that way from the mouth of any other President. Reagan and Bush Sr. were reactionary, but they looked back nostalgically to the "family values" and jingoism of the 40s and 50s. Dubya looks way, way back to the British Empire we seceded from 225 years ago, making America the equivalent of political revolutionary leaders who promise change and end up becoming totalitarian despots. Or: U.S.A.=Animal Farm?

II "The fault lies not in our stars, but in ourselves"

What strikes me about pop criticism of late - and this afflicts the broadsheets as well - is the tyranny of received opinion. I have yet to meet anyone, obsessive fan or otherwise, who thinks the last two Nick Cave albums come close to 1997's The Boatman's Call in terms of emotional depth and songwriting skill, but both releases were greeted with an across-the-board acclaim that bordered on instilled reverence, and an attendant lack of critical rigour. What gives here? Maybe writers are too hidebound by the notion of providing their readers with glorified consumer guides rather informed criticism."Sean O'Hagan, "Can't I trust anyone these days to tell me if a record is any good?" the London Observer, March 30, 2003

Jonathan Rosenbaum launches a similar complaint against his fellow film critics in his excellent book Movie Wars: How Hollywood and the Media Conspire to Limit What Films We See (Acapella Books, 2000). He exemplifies the problems with current film criticism with the now-retired NY Times critic Janet Maslin, who wrote based on audience expectations rather than her own opinions (and references a critique by Sarah Kerr in Slate titled Janet Maslin: Why Can't the New York Times Movie Critic Tell Us What She Thinks - compare with O'Hagan's title). I remember her review of The Cable Guy, which she panned because fans of the lovable Jim Carrey would be disappointed by his memorably dark characterization in the film. Nice market research there, Janet, but was it a good movie? She's providing a glorified consumer guide/career advice rather than informed criticism. One of the more galling aspects of the slide into war was Congress' silence as Bush steamrolled over the U.N. and into Iraq (save for Senators Ted Kennedy and Robert Byrd--who's also a violinist). Talk about a tyranny of received opinion! Congress abdicated its responsibilty for informed criticism of the President's doings when it gave him a blank check to go to war after 9/11. That responsibility, in the form of legislation, is what we elect our representatives for, and they're not doing their job. Is it because they're afraid of looking unpatriotic? As actor Tim Robbins has noted, nobody was ever called unpatriotic for criticizing President Clinton. Congress now simply represents corporate interests that pay them a lot more than our taxes do. The Democrats have acquiesced to the Republicans' majority rule.

With corporate influence so heavy in both the government and the media, there's little room for dissension. The media has also increasingly served as a house organ for the Republican party line, and it's a natural partnership. Keeping the public in fear sells newspapers and keeps more households tuned in to CNN all day long - it's as useful to the media as it is to the government. And the coverage was appalling. All the consulting work that Hollywood did for the Pentagon after 9/11 really paid off in making the war as photogenic as possible. I kept seeing shots on CNN of GIs silhouetted against magic hour skies straight out of Terence Malick's Days of Heaven. But wait, here comes the money shot: the shock and awe bombing campaigns were beautifully art-directed - as the bombs fell, I can't imagine someone somewhere in the military or the government not thinking, "This is gonna look great on camera." Likewise, the toppling of Saddam's statue in Baghdad was a great photo op almost ruined by the single Iraqi trying to take it down by himself with a hammer. Time is money, pal! Good thing someone directed that US tank to lend a helping hand. The over-eager production assistant/soldier who draped a US flag over the statue's head necessitated a re-take, but so be it.

Rosenbaum also notes the paradoxical lack of true national cinemas anymore ("by national cinema, I mean a cinema that expresses something of the soul of the nation that it comes from: the lifestyle, the consciousness, the attitudes"). Because films, especially Hollywood films but also arthouse fare, are now meant to be exported to every country in the world, they actually tell us less about the country they were filmed in than they used to. He gives the example of Wong Kar Wai's Happy Together, a film about Hong Kong with an English title taken from an American pop song that's set in Buenos Aires. Interestingly, when Rosenbaum encourages increased exposure to world cinema in the U.S. he writes "I even think that the common belief that Americans are xenophobic isolationists by nature is partly the self-serving invention of Hollywood publicists armed with millions of dollars who don't want to clutter up their precious ad campaigns with thoughts of other tastes and cultures", which echoes what I said earlier about the government's seeming advocacy of xenophobia. But he goes on to note that "one thing that apparently differentiates this country from all others is that art is actively hated by a good many of its citizens." He also argues that "American film" is a brand now, not an identity, and notes various foreign directors who have moved to Hollywood (Roman Polanski, Paul Verhoeven, John Woo, and Milos Forman) and have been making international movies, not national ones, ever since. He quotes Verhoeven as an example: "I felt that initially I wouldn't know enough about American culture to make movies that accurately reflected American society - because I would not be aware of things such as expressions and social behavior. I felt I could make science fiction movies because I wouldn't have to worry about breaking any rules of American society. Science fiction reflects those rules but does not represent them." The point is that when Verhoeven made genre films in his native Holland they were still imbued with national culture; when he moved to the US he opted to use genre for its own sake rather than try to learn or interpret their adapted country's culture (unlike Forman or Polanski, but perhaps like Woo).

"I want the full hyphen: folk-rock-country-jazz-classical, so finally when you get all the hyphens in, maybe they'll drop them all, and get down to just American music." - Joni Mitchell

"This movement [New Age] is doing is doing precisely what Christianism once did - the early Christians blended Judaism with the Isis-Osiris mysteries of Egypt with Roman law with Greek philosophy with the pagan shamanism of Europe, and included all in disguised form within the Church." - Michael Ventura, Predictions: The Next 200 Years

So there is an unlikely and unspoken kinship between post-Beatles rock singer-songwriters, the early Christians, international cinema, and transnational corporations. Musicians like the Beatles, Joni Mitchell, Paul Simon, Frank Zappa and even the Clash (um, Sandinista) created music that borrows from all kinds of genres and cultures (but at least they didn't have to kill anybody to do it); it's telemusik (to borrow a term from Stockhausen), a result of the global village, but in a way they inadvertently made the world safe for globalization. They've all recorded for major labels, and not surprisingly, you can buy their music in any chain record store. I remember reading a review of Sandinista when it came out that said the Clash seemed to be saying "to hell with our style, there's a whole world out there", which actually dovetails with the demise of national cinemas discussed above. They started off writing songs about London, and wound up writing about Nicaragua and rocking the Casbah. As musicians in the post-Beatles world, we are also expected to be our own corporations. Before the 60's you had a singer, an orchestra or band to back them up, songwriters to create the music, an A & R man to choose the music for the performer, a record company artist to create the front cover etc. After the Beatles, the artist is a one-stop: expected to write, sing and perform his or her own hit material, create and maintain their own image, and in the post-MTV era, be able to look good on camera and preferably dance. Michael Jackson is the ultimate example of this, a globally televised performer since childhood, a King of Pop as much as America is an empire (in the Hollywood film Three Kings, an Iraqi interrogator asks Gulf War P.O.W. Mark Wahlberg "What is the problem with Michael Jackson?" then answers his own question: "Michael Jackson is pop king of a sick fucking country"). Jackson is a virtual U.S. portrait of Dorian Gray; as America's corporate culture grows uglier and uglier, and extends further and further into our government, schools, sporting events, museums and entertainment industries, his face becomes more and more freakish through plastic surgery, a symbol of corporatization out of control.

Finally, Norman Mailer has observed that "because democracy is noble, it is always endangered - the natural government for most people, given the uglier depths of human nature, is fascism. Fascism is more of a natural state." One of the most shocking things to me about the aftermath of 9/11 was the number of left-leaning people I talked to who were willing to give up all kinds of hard-won civil liberties and rights to privacy so that the government could fight terrorism (no wonder the Patriot Act is sailing through Congress unchecked). Voluntarily relinquishing our freedoms to protect our "freedom" from outside attackers (xenophobia again) who need to be converted to the ways of "freedom" is absurd. That may be why the arts and political media, and Congress, are so uncritical these days - give the people what they want. Corporate culture, the FCC lifting the last restrictions on monopolies in media and entertainment (hello, Clear Channel), the centrism of the Republican and Democratic platforms in the election of 2000, the post-9/11 non-partisanship of Congress (wasn't the Soviet Union a one-party system too?), the go-it-alone mentality of Operation Iraqi Freedom; they're all about having NO CHOICE, and that's fascism. If we accept the lazy (at best) or corrupt (at worst) compliance of our representatives, whether they're monitoring national and international affairs or the film and music worlds; if the American people are too slack, self-interested, or ignorant to complain, then we deserve what we get. Remember, it wasn't the government or the media that had a schoolteacher fired during the war for wearing a t-shirt with a peace sign on it (as reported by Tim Robbins), it was some asinine American citizen who, whatever his position on Iraq, doesn't even understand that the intended outcome of any war is peace. Let's throw all these bums out of office, from the plutocratic/oligarchic Bush administration, to the sleepwalking Congress that lets them run wild, to every film critic that pats Steven Spielberg or Miramax's Harvey Weinstein on the back, to every rock critic that can't tell a good Nick Cave album from a bad one.

"WE CREATED IT - LET'S TAKE IT OVER!" - Patti Smith, after finishing "My Generation", live at the Cleveland Agora, 1976 - America's Bicentennial Year.

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Alan Licht is the author of An Emotional Memoir of Martha Quinn (Drag City) and a double CD A New York Minute will be released on XI this summer.