domingo, setembro 19, 2004

Você sabia?

Vote como quiser, mas é bom saber...

SE 50% OU MAIS DOS ELEITORES ANULAREM OS SEUS VOTOS, A ELEIÇÃO TAMBÉM SERÁ ANULADA E OS CANDIDATOS NÃO PODERÃO SE CANDIDATAR DE NOVO!

domingo, setembro 12, 2004

Voto Nulo X Voto Branco, você sabe a diferença?

Parece absurdo, mas é verdade. Vejam que muitos ainda desconhecem a real diferença pela falda de informação. Divulguem a todos, pois os safados tentam esconder essa informação até das pessoas mais esclarecidas.A dúvida era sobre o significado do voto nulo e do voto em branco naurnaeletrônica:Volto nulo = digitar número inexistente e confirmar.Voto em branco = digitar qualquer número e depois a tecla branco.Se você não sabe em quem votar nas próximas eleições,vale a pena saber sobrevoto BRANCO e NULO!
VOTO EM BRANCO:O voto em BRANCO, ao contrário do que parece, não significa que o eleitornão escolheu nenhum candidato, mas sim que ele abdica de seu voto.Não é um ato de contestação e sim um ato de CONFORMISMO!Os votos em BRANCO significam "TANTO FAZ" e são acrescentados aocandidato de maior votação no último turno, ou seja, se existem doiscandidatosTubarão e Galinha:Isso significa que 3% dos eleitores não querem nem Tubarão nemGalinha nopoder, mas 10% dos eleitores estão satisfeitos tanto com Tubarão como comGalinha, o que vencer está bom.Neste exemplo, Tubarão tem uma aceitação de 62% do eleitorado.O problema é que existe muita pressão para a escolha de um candidato epouca explicação do que escolher significa.
VOTO NULO:Já o voto NULO é um protesto válido.Ele quer dizer que o eleitor não está satisfeito com a proposta de nenhumcandidato e se recusa a votar em um ou outro.Esse tipo de voto é importante e é o que efetivamente faz a democracia,pois a existência dele permite que o eleitor manifeste a sua insatisfação.O voto NULO, ao contrário do que parece, é um voto válido, nnguém faladele, nem mesmo nas instruções para votação.
Explicam como votar em um candidato ou como votar em branco, mas ninguémexplica como anular um voto.Pois bem, para anular um voto é preciso digitar um número inexistente nonúmero do candidato.Se um eleitor experimenta votar em branco, o terminal eletrônicoavisa:"Você está votando em branco" e então o eleitor pode confirmar, oucorrigir.Mas se o eleitor coloca um número inexistente num terminal, ele acusa:"Número incorreto, corrija seu voto".Assim, os votos NULOS são desencorajados e por que os votos nulossão desencorajados?Por que ninguém fala deles?E por que eu estou falando deles?Porque, se na eleição entre Tubarão e Galinha:>As eleições teriam que ser repetidas e nem Tubarão e nem Galinha poderiam participar das eleições naquele ano, ou seja:O voto nulo, do qual ninguém fala e que o terminal acusa como "incorreto, éo único voto que pode anular uma eleição inteira e remover docenário todos os candidatos daquela eleição de uma só vez.Se nenhum dos candidatos conseguir maioria (mais de 50%) no últimoturno, as eleições têm que ser canceladas!Os candidatos são trocados e novas eleições têm que ocorrer.Então, contribuindo para a campanha do voto consciente, se alguémestiver votando em Tubarão ou em Galinha, mas preferia não votar em"nenhum dos dois", pode optar pelo voto INCORRETO, o voto NULO.Quem sabe um dia Tubarão e Galinha saem do cenário e os eleitores podemvotar em Golfinho.Não seja obrigado a votar em quem você não quer no poder!!!

sexta-feira, setembro 10, 2004

PPPs avançam nos Estados, mas param no Congresso

Ilton Caldeira, Ana Cláudia Landi, Mônica Izaguirre, Ivana Moreira e Vanessa Jungerfeld De São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Florianópolis
O governo de São Paulo realizou ontem audiência pública para a primeira Parceria Público-Privada (PPP) no Estado. Além de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina já contam com lei aprovada pelas Assembléias Legislativas. No Rio Grande do Sul o projeto passou por unanimidade pelas comissões e deve ser concluído ainda neste mês. No Recife, a primeira PPP municipal tocará obras viárias.
O consenso que impulsionou essas parcerias nos Estados contrasta com a tramitação da PPP no Congresso. O projeto, que está no Senado, pode ser votado na próxima semana, mas deverá ser modificado e devolvido à Câmara. Os principais impasses levantados no Senado passaram ao largo das discussões nos Estados onde a legislação já foi aprovada.
As obras que deverão ser objeto de PPPs estaduais serão contratadas por meio de licitação. A legislação da PPP na maioria dos Estados limita-se a condicionar a aprovação dos projetos a estimativas de impacto orçamentário, demonstração de origem de recursos para custeio e comprovação de compatibilidade com a lei orçamentária.
As restrições previstas em lei às aplicações dos fundos, para o presidente da Previ, Sérgio Rosa, já seriam suficientes para limitar sua participação nas PPPs, uma das maiores preocupações da oposição.
Entre as prioridades dos Estados que já aprovaram a parceria estão a duplicação de rodovias, a construção de linha de metrô, a ampliação de portos e penitenciárias, a exploração de um trem de alta velocidade e a construção de um centro de expedição de documentos (Poupa Tempo). Nas prioridades da PPP federal estão a duplicação da BR-101, a pavimentação da BR-163, a extensão da ferrovia Norte-Sul e a ampliação do acesso aos portos de Sepetiba e Itaqui.

segunda-feira, setembro 06, 2004

MEDALHA DE PÉROLA

O ex-bóia-fria de Cruzeiro D'Oeste está feliz. A expressão compenetrada do atleta esconde um secreto sorriso de vitória. Uma olhadela por sobre os ombros revela que seus competidores estão longe, muito longe. Passadas ritmadas vão comendo o asfalto que cobre as pegadas deixadas por Feidípedes há 2500 anos, quando correu de Maratona a Atenas para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. E morreu.
Vanderlei Cordeiro de Lima não vem de uma batalha, mas vai ao encontro de uma. Entre ele e o Ouro no estádio de Kallimarmaro - o "melhor mármore" - há um adversário circunstancial chamado Cornelius Horan. A pista é invadida e, numa fração de segundo, aquele que corria rumo à vitória desaba no chão. É o fim.
Ninguém quer menos que a vitória. É por ela que corremos. Fomos condicionados a tirar dez nas provas, ser o mais rico, o mais feliz, o mais bonito. Ninguém quer ser vice. Vivemos de olho no Ouro. Por que será que não nos ensinaram que existe mais? Por que nunca nos falaram da Medalha de Pérola? Freada brusca não acontece só em Atenas. Quando menos esperamos somos agarrados, contra a vontade, por circunstâncias que nos lançam ao chão. É complicado levantar e retomar o ritmo enquanto assistimos, impotentes, o Ouro e a Prata passando por nós. Na poeira vai também o Bronze e não sobra para nós nem uma Medalha de Lata.
Detesto livros de auto-ajuda que ensinam o ego a ficar gritando que você já é campeão antes do fim da competição. Na maratona da vida não existe podium intermediário. Só um no fim. Enquanto não chegar lá, nem pense que sua corrida terminou. A vida está cheia de derrotas e minha mãe sabiamente acrescenta que "se a vida na Terra fosse boa ninguém iria querer viver no Céu". Prefiro o Livro que narra uma aparente derrota - uma morte inglória - que se transforma em linha de partida e de chegada, não de vencedores, mas de "mais que vencedores". A lista dos incidentes que podem ocorrer na maratona da vida é interminável. Todos experimentamos alguns dos mais comuns: a perda de alguém, uma demissão inesperada, uma doença que nos invalida ou uma falência não requerida.
A derrota está à distância de uma queda da vitória, não importa sua estatura. Eu mesmo já experimentei dessas puxadas de tapete que causam guinadas. Porém descobri depois que a carta do senhorio, avisando que o apartamento sob meus pés tinha sido vendido, seria a largada para os cem metros rasos que me separavam de um lugar melhor. Ou que o anúncio do chefe, de que os custos a serem cortados incluíam minha cabeça, serviria de vara para um salto muito maior. Até na piscina dos casamentos fracassados eu me afoguei, depois de mais de vinte anos de um nado que parecia sincronizado. Quando pensava que bastava ser pai, precisei aprender a também ser mãe de três filhos, inclusive um especial, para conservar a doçura do quadrinho que na porta diz: "Lar Doce Lar".
Na hora da queda, de nada adianta ficar agarrado ao irlandês das circunstâncias. É preciso continuar correndo para deixá-lo para trás. Se o fracasso apenas nos derruba, é a nossa ocupação com ele que nos derrota. Para as ostras, a adversidade vem quando literalmente entra areia. Se você se irrita com uma pedrinha no sapato, imagine a ostra, que é toda sapato. Mas a adversidade que a machuca serve de estímulo para ela deixar a zona de conforto - se é que ostra vive confortável. Seu organismo libera substâncias que transformam a adversidade em algo mais belo e resistente do que o Kallimarmaro, sem as incômodas arestas da derrota. É assim que surgem as pérolas.
No dia seguinte à maratona olímpica todos os jornais do mundo traziam a foto do vencedor na capa. Não, não estou falando do italiano que ganhou a Medalha de Ouro - qual era mesmo o seu nome? Estou falando daquele que transformou a adversidade em vitória, o perdão em exemplo e escreveu seu nome na história. O brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima que ganhou a Medalha de Pérola nas Olimpíadas de Atenas.
-----
Mario Persona www.mariopersona.com.br é palestrante, consultor e autor de Marketing Tutti-Frutti.