sexta-feira, novembro 21, 2003

Gentes, muuuuito bom o Wishbone Ash!!! E muito simpática a Aline, parabéns, Marcelo. Você, em compensação, foi muito menos simpático do que um mínimo de educação exigiria (e você sabe do que eu estou falando, mas tudo bem).

Voltando ao show, foi iradíssimo! E foi muito divertido o Ashtar, também. Pena que a Carol - que teve um rolo com o guitarrista principal pouco antes dele começar a namorar a vocalista - não foi. Ela ia adorar, sempre achou que a banda ia pra frente.

AHHH, crianças, e o nosso amigo-oculto, hein? Como vamos fazer? Precisamos fechar logo o número de participantes, definir os limites de preços e presentes e fazer a cerimônia de troca de papeizinhos logo!!!!!!!!!!!!!!!!! E aí????

Só isso, queridos. Sei que ninguém vai ler esse post porque NINGUÉM MAIS DÁ ATENÇÃO A ESSE MALDITO BLOG, mas não custa a iniciativa.

Amo vocês. Adeus.

Teoria do Abaixa Aqui!

Essa eu tirei do consciencia.net, gostei...

[Gustavo Barreto]
20 de novembro
Teoria do Abacaxi
Todos sabem o que é fuga de cérebros. Os países mais desenvolvidos aproveitam o investimento público que os países mais pobres fizeram em humanos – universidade, principalmente – e levam nosso profissional formado e preparado, oferecendo gordos e respeitosos benefícios.

Não são tão gordos assim – muito menos respeitosos –, pois o retorno é muito maior. Isso prejudica diretamente o país que cedeu este trabalhador, que por sua vez deixará de usar o conhecimento em favor de uma nação muito mais necessitada deste ‘capital humano’.

Este benefício, baseado puramente no individualismo dito coletivo – "estamos todos no mesmo barco", dizem algumas empresas a seus funcionários –, tenta esconder que o que estamos exportando mesmo, no duro, é abacaxi na cabeça.

Já não se pode falar mais em Carmen Miranda, evidente, mas temos algo como um abacaxi disfarçado. É como se o abacaxi tivesse se adaptado, se desenvolvido. O abacaxi se transformou em ‘qualificação profissional’, mas não deixe de lado aquela vontade de nos tornar exóticos e ‘diferentes’ – “veja, um brasileiro inteligente” – que era basicamente a função do Abacaxi.

Melhor ainda: com possibilidade de entrar em outros mercados nos quais nós não estávamos tão presentes, quando antes apenas a indústria cultural serviria para nós, macacos.

Há quem veja vantagens: “Hoje o mundo possui menos fronteiras”, dizem. No entanto, a sensação que se tem ao entrar nos Estados Unidos, por exemplo, é de que só existe de fato uma grande fronteira, dividindo este do resto do mundo.

Enquanto os sociólogos-profetas anunciam o fim do Estado-nação, os países ricos anunciam cada vez mais alto seus nacionalismos exacerbados – com as bandeiras e a listras – que garantem um maior poder de soberania e exploração por meio de taxas alfandegárias e restrições civis.

O investimento na educação – mesmo que ralo – é nosso. Ao ser aprovado para trabalhar fora, somos chamados de “revelação”, “gênio” ou até mesmo “gente que faz”. Lucramos para as grandes corporações. Se não der certo? Simplesmente devolvem o abacaxi.

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