sexta-feira, julho 23, 2004

La vida en Buenos Aires

Bueno... la vida en Buenos Aires é ótima. Muito fria, é como estar em Sao Paulo ( me perdoem a grafia mais ainda estou me familiarizando com o teclado) e, às vezes é como estar na PUC num dos intervalos... pois é todo mundo (ou quase) veio para cá. Em cada esquina um paulista diferente, às vezes só para variar um curitibano ou um gaucho... muito raramente um portenho!!!

Desde que começaram as aulas comecei a falar o bom e velho português assim que se tivesse pego a grana do curso e tivesse ido (de fato) conhacer a Argentina, es decir, fugir desse circuito Buenos Aires - Bariloche estaria hablando mucho más!!!

Aqui as pessoas sao muito intelectualizadas, todos leêm o tempo todo... revistas, jornais, livros... escrevem. Em qualquer lugar que veja alguém parado (num café, que como as livrarias e os "ciberlugares" têm aos montes, em cada esquina sem exageros; ou num ponto de ônibus, ou no metrô). Outra coisa que me chamou atençao e, confesso, realizou uma curiosidade de infância foi a arquitetura urbanística da cidade. É toda dividida em quadras quadradas! Quando era pequena e ficava de um lado a outro do Rio naqueles "maravilhosos" ônibus escolares ficava imaginando como seria bom se as ruas fossem organizadas dessa forma...
   
As duas melhores coisas para se conhecer uma cidade sem se perder é caminhar a pé e se deslocar de metrô ... 
Depois conto do Malba (Pedrinho vc iria amar) e a coleçao de batatas e como fazem os "batedores de cartera " portehos.

Ah! Yo que ñ gosto de futebol informo: Domingo, Brasil versus Argentina!!

Agora vou ao cinema com a galera assistir um filme en Español!! Pago pelo curso vejam só (ok, ok!!! Sei que está incluido no pacote, mas é mais legal pensar que é de graça!!!) e depois, por la noche, vamos conocer la discoteca!!!  Vamos a bailar! 
Hasta luego !

domingo, julho 11, 2004

CAPES

A CAPES, que tem artigos de praticamente todas as áreas de estudo,
com acesso GRATUITO, será desativada por falta de acesso, por não
haver divulgação. Como alguns sabem, o MEC está pensando em fechar o
portal de periódicos da CAPES. A alegação é de que o custo é alto, e
pouca gente usa.
Na verdade, é pouco acessado por ser pouco divulgado. Para os que não
conhecem, o portal fornece acesso a diversos periódicos científicos de
praticamente todas as áreas de estudo, entre eles vários nacionais e
internacionais de economia, direito, computação, engenharias,
medicina, etc... Para se ter uma idéia, sem o portal você teria que
pagar algo como U$ 1,99 a 20 dólares POR ARTIGO. A proposta, portanto,
é de divulgar o portal, que é uma riquíssima fonte de conhecimento
científico sem fins lucrativos. O endereço do portal é:
www.capes.gov.br

Desequilíbrio de mercado

Recebi de um dos meus colaboradores anônimos ...

Pessoal, eh meio grande mas de leitura rápida. Vale a pena ler por que reflete bem a realidade de emprego em grandes empresas no Brasil.


MATÉRIA - REVISTA EXAME
Por Max Gehringer


Vi um anúncio de emprego. A vaga era de gestor de atendimento interno,
nome que agora se dá à seção de serviços gerais. E a empresa contratante
exigia que os eventuais interessados possuíssem - sem contar a formação
superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de
informática,fluência em inglês e, não bastasse tudo isso, ainda fossem hands on. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía mesmo essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico. Não que esse fosse algum exemplo absolutamente fora da realidade. Pelo contrário, ele é quase o paradigma dos anúncios de emprego atuais. A abundância de candidatos está permitindo que as empresas levantem, cada vez mais, a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam.
E aí vêm as agruras da superqualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico... Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, gerente da contabilidade.

B:Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
F:In a hurry!
B:Saúde.
F:Não, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
B:E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
F:O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho
profundos conhecimentos de informática.
B:Não, não. Cópias normais mesmo.
F:Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
B:Fabiana, desse jeito não vai dar!
F:E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.Como assim?
É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
B:Olha, neste momento, eu só preciso das três có...
F:Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
B:Futuro? Que futuro?
F:É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não
aconteceu nada.
B:Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
F:Sei. Mas o senhor é hands on?
B:Hã?
F:Hands on. Mão na massa.
B:Claro que sou!
F:Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções. Uma,
cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as
qualificações requeridas. E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos
anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo
prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo
preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.Em uma empresa
em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado que chegasse de repente confundiria nossa salinha do café com o auditório da Fundação Alfred Nobel. Até que um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas. E, no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha noções de informática e possuía energia e criatividade. Sem mencionar que estava fazendo pós-graduação. Só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero.Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar.Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.
Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as empresas modernas torcem o nariz, uma espécie de pitico contemporâneo: O que é capaz de resolver, mas não de impressionar.


quinta-feira, julho 08, 2004

Com comments e sem links

Depois de um breve ataque consegui colocar o comments... agora só falta os links...aproveitando quem quiser ser lincado, aproveite o momento e deixe seu endereço para nós.

Motherfucker Ice Cream e Tocha Olímpica - Protesto

Como agora todo mundo tem "um-blog-que-é-só-meu" ninguém posta mais no "blog-que-é-de-todo-mundo" então lá vai a última manifestação do senhor Bahia.
ps:Nunca ouvi falar nesse tão conhecido sorveteiro. E as fotos...vou ficar devendo...



by Bahia

Eu ia mandar isso apenas para 2 pessoas que haviam me pedido hoje, mas acabei resolvendo passar para o resto do pessoal nos meus endereços também.

Revoltante como, no meio de tantas pessoas dispensáveis e que pouco fizeram pelo esporte nacional, nosso ilustre sorveteiro Motherfucker Ice Cream não foi convidado para conduzir a tocha olímpica no "evento" de domingo.

Motherfucker Ice Cream é uma lenda da madrugada underground carioca, figurinha fácil do Garage, Bunker, antiga Kachanga (antes de fechar), Empório, Lapa, entre outros. Seus sorvetes e seu inglês são uma coisa única no Rio de Janeiro. Se você não faz idéia de quem seja ele, visite antes este ótimo site-homenagem feito pelo Jesus:

http://www.geocities.com/freakloko/mutha.html

Pipocaram na Internet diversos protestos contra a ausência do mais famoso sorveteiro do Rio de Janeiro na festa. Um deles foi feito pelo próprio Jesus em seu fotolog:

"Ontem foi um dia para jamais ser esquecido pela nossa belíssima cidade. Foi realizada a cerimônia de carregamento da tocha olímpica.
E a maior celebridade do underground desta cidade, Mr. Motherfucker Ice Cream, o the best of Rio, não participou da cerimônia. Isto foi um fato imperdoável e por isso hoje será feito esse manifesto de protesto em diversos fotologs...
Afinal se até a Xuxa carregou a tocha.

Se o argumento usado for o que ele fez em pró do esporte. O que ela fez em pró do esporte? A única coisa que ela fez em pró do esporte, foi dar para o Pelé e o Senna. É inadmissível a ausência dessa lenda do underground carioca em uma festividade como esta."


O site Grosseria também falou da falta do Muthafucker, em uma crítica à presença de Tony Ramos: ( http://www.grosseria.tk/asp/dsp_noticia.asp?cd_noticia=803 )
"Tony Ramos carregando a tocha: isto também te emputece?
Em mais uma "desavergonhada auto-promoção" desnecessária, a Globo conseguiu encabeçar um dos seus lacaios na corrida com a tocha olímpica, nesta nossa querida e violenta cidade do Rio de Janeiro. O escolhido foi Tony Ramos, um homem que poderia ser relacionado com QUALQUER OUTRA COISA, menos com um evento olímpico e desportivo, menos ainda deste calibre. Este motivo foi para mim, e imagino que para qualquer outro ser que realmente pense, motivo mais que suficiente para brochar a minha tocha e exorcisar o meu espírito olímpico. Tentando resgatar a alegria de uma maneira menos forçosa (a idéia original era passar uma banda no carregador da tocha olímpica na orla), sugiro aqui algumas pessoas que poderiam facilmente substituir o vulgo "representante da classe artística", neste Caminho de Santiago com barreiras. Faremos também uma auto-promoção. Aqui vamos:

- MotherFucker Ice-Cream: Conhecido em todo o underground carioca é quase parte do folclore nacional. Um vendedor de sorvetes (por suas vezes contendo baratinhas vítimas de criogenia) dono de um inglês sensacional. Infelizmente, foi vítima do cartel de quiosques em frente a faculdade PUC-RJ, e tem andado meio sumido ultimamente;

- João Kléber: O maldito apresentador entra nessa lista apenas por mórbida curiosidade nossa, pelo seu super-poder de andar inimagináveis distâncias diariamente, acabaria com a necessidade dos outros 46 participantes. Gostaria de saber se o povo iria apedrejá-lo até a morte antes de começar o percurso, ou no fim. Ou como ele mesmo diz, depois dos comerciais, o mitológico "próximo bloco" que nunca veio a surgir;

- Fernandinho Beira-Mar: Já que a Globo sugeriu o representante da classe artística, poderíamos sugerir um representante do poder paralelo. Simultaneamente, seria a garantia de escolta policial e de drogas para todos os gostos, desde uma clássica Cannabis Bubbleberry safra 2003 para Luana Piovanni até uma rara White Rhino, vencedora da Cannabis Cup, para os mais exigentes como Marcelo Anthony, que em outros tempos tinham que se deslocar até o sul do país para consegui-la;

- Mãe Diná ou qualquer uma vidente genérica que só consegue prever as coisas depois que já aconteceram: Apesar do longo nome, seria de grande utilidade, tendo visões sobre possíveis acidentes de percurso, como tropeços, balas perdidas ou pancadas de chuva que nem o INPE seria capaz de prever com tal acerto;

- César Maia: Depois de cagar para o resto da cidade, visando as Olimpíadas apenas na Barra da Tijuca (que pode representar QUALQUER coisa, menos o verdadeiro Rio de Janeiro), podia tentar se retratar com a população (não emergente, obrigado) correndo com a tocha na mão e de casaco;

- Law King Chong: O chinês acusado de ser o maior contrabandista, já que estava correndo da polícia, poderia aproveitar para correr um trecho com a tocha por aqui. Ao menos ele me garante produtos abusivamente caros por preços acessíveis. Tony Ramos me garante o quê???

- O nosso próprio Luiz Pareto: Para quem quase segurou Peru na Sadia como ganha-pão durante 8 horas diárias, segurar um piroco disfarçado de tocha por alguns metros, é um pulinho só.

OBS: Daniela Cicarelli também faria parte da listinha. Mas depois de mudar seu estado de solteira e simpática para solteira e maria-chuteira genérica, perdeu a vaga imediatamente. Se engravidar do Ronaldo, aí realmente o mundo acaba."



Para os que não conhecem a figura, coloquei em anexo algumas fotos do Motherfucker.

Se você também sentiu falta do Muthafuckin' no domingo e não concorda com essa situação absurda, passe esse protesto adiante!!!

Marcelo