sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Matar ou Morrer?

Cofesso ser uma pessoa que de certa maneira quase faz questão de não ver as matérias sobre violência que tanto saem na TV. Acontece que a mídia já não é tão necessária, mesmo para os cariocas "ricos" que vivem fora das "zonas de combate".

Mas porquê? E O QUE VAMOS FAZER? ( Não mais: "O que podemos fazer?")

Matar o indivíduo que matou o seu ente querido? Prendê-lo para que este se especialize em outras artes do mundo marginalizado?

Quero ter alguém para xingar. Quero poder expressar minha ira, mas ... eu tenho tempo? Quem tem tempo?

Talvez seja por nunca separarmos tempo para pensar nisso que estamos chegando a esse ponto.

Existem ONG's trabalhos solidários, e de cunho religioso. Já somos um dos países com maior número de fiéis evangélicos. Religião não se discute e, o que importa no final das contas é que essa vertente têm acalmado muitos corações e ajudado a aliviar a pressão. A questão ... as questões...isso não está bastando, até quando permaneceremos colhendo o fruto do descaso sem fazer nada?

Como protejê-los de nós mesmos? Como nos protejer deles? Até quanto nossa ignorância nos manterá fechados em nossos mundos?

Se não podemos dar lhes condições de sermos como nós ( nós, significa camada da população que ganha pouco mais de 340 reais por mês, "ricos"), porque cultivar a cobiça? Por que pagamos tão mal nossos empregados? Por que não sermos um mínimo inteligentes e pensarmos menos no lucro? Não que isso seja por solidariedade ou amor ao próximo, mas por amor próprio.

Que decadência ter que escrever algo assim, mas que assim seja. Ensinemos a eles a serem índios, e não precisarem do dinheiro, a caçar a cultivar e a serem íntegros, saudáveis. Terem um no máximo dois filhos. Conscientizá-los de que um a mais é menos comida no prato e mais pobreza para todos e não mais um no sinal para trazer esmola para casa.

Precisamos investir em educação. Diminuir , ainda que não seja possível a desigualdade em si, ao menos a sua alavanca.

Quantos clichês...

Estamos nos destruindo, os ricos nos bares e estradas, e os pobres com seus numerosos filhos largados ao léo. ( que também matam e morrem nas estradas)

Esse texto está reconhecidamente pobre e digno de críticas. Não que eu mesma não tenha respostas para as perguntas toscas a cima... mas e você? Está se escondendo ou está agindo? Está fazendo a sua parte ou está no seu high hill de arrogância expúria? Chega de egocentrismos, pense no próximo, faça alguma coisa, ou o próximo pode ( pior do que ser você) é ser o seu filho ou a sua mãe, ou seu pai... alguém com quem se importe.

Cative, eduque, mostre a qualquer pessoa o que realmente importa. Separe um pouquinho do seu tempo, não para ir ao analista se tratar , mas para cuidar de alguém que está na MERDA, por causa de pessoas como você. Ao invés de gastar os tubos com botox, gaste a metade, adote um adulto com a outra metade. Talvez ele não precise te assaltar na próxima esquina por conta disso. Nada contra analistas ou pastores, dinheiro é preciso, e estamos vivendo essa justamente pela falta do $, mas faça o que fizer, reflita se é realmente necessário e se não poderia estar fazendo alguma coisa pelo bem comum.

Bem comum... brasileiros, está na hora de aprender o que isso significa!

Se você acha que nunca fez mal a ninguém, ótimo. Essa é mais uma boa oportunidade. Se não vamos dar esmola, ótimo. Porém temos que educar, temos que prover ...seja de qualquer forma. Por menor que seja a sua movimentação nesse sentido, é melhor que a estagnação.

Converse com uma criança, semi-adote alguém, escreva um texto chato que ninguém vai ler... melhor do que nada.